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Magazine Luiza: Quatro bancos revisam ações em apenas 7 dias

17 nov 2017, 8:01 - atualizado em 17 nov 2017, 2:03

Magazine Luiza

A queda de aproximadamente 23% das ações da Magazine Luiza (MGLU3) desde o final de setembro chamou a atenção dos analistas de bancos, que voltaram a olhar para os ativos da varejista vista como um consenso no mercado até alguns meses atrás.

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Além de acompanhar o movimento de correção do mercado, as ações sofreram com o andamento de uma oferta que diluiu os minoritários, o início de vendas de produtos eletrônicos na plataforma da Amazon no Brasil e a ansiedade com o balanço do terceiro trimestre.

O “risco Amazon”, contudo, não se concretizou de maneira a prejudicar as perspectivas da companhia no varejo online e o resultado mostrou um crescimento de 272% no lucro líquido, além de revelar um salto de 55% no e-commerce, segmento que agora representa 30% do total de vendas da companhia.

Foi a deixa para que o mercado voltasse a apostar em uma recuperação dos papéis.  O analista do Bradesco Richard Cathcart disse, em um relatório, que os resultados deixam a empresa muito bem posicionada para o quarto trimestre de 2017, que é importante em razão da Black Friday e do Natal.

Outro ponto que tende a impulsionar os ativos é a possível entrada na composição do Ibovespa, segundo os cálculos do BTG Pactual. A B3 divulga a 1ª prévia do índice que passa a valer no ano que vem em 1º de dezembro.

Avaliações

No dia 10 de novembro, o JP Morgan iniciou a análise das ações com a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 72. A equipe de analistas formada por Joseph Giordano, Olivia B Petronilho e Nicolas Larrain, avalia que a empresa oferece uma boa combinação de execução e cultura corporativa para reinventar o seu negócio e passar por um processo de transformação de uma operação de lojas físicas para uma de plataforma multicanal e digital.

Já nesta segunda-feira (14), o BB Investimentos elevou o preço-alvo às ações de R$ 64,40 para R$ 70 e reiterou a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado), o mesmo que compra. A analista Maria Paula Cantusio avalia que “o cenário macro se estabilize novamente, a ação da Magazine Luiza deve apresentar uma recuperação na bolsa de valores, se beneficiando da contínua e excepcional performance da empresa”.

No mesmo dia, o Bradesco ampliou o preço-alvo de R$ 72 para R$ 75 e manteve a recomendação de compra. “Para muitos investidores que perderam a trajetória de alta das ações da MGLU3 desde janeiro, acreditamos que agora é um bom momento para analisar o papel de novo, devido a uma combinação de valuation atrativo, forte fase de resultados e uma posição competitiva de longo prazo cada vez mais forte no setor de varejo no Brasil”, explicam Richard Cathcart e Flávia Meirelles.

Por fim, nesta quinta-feira (16), o BTG Pactual aumentou o preço-alvo de R$ 74 para R$ 80 e voltou a recomendar a compra das ações. Os analistas Fabio Monteiro e Luiz Guanais entendem que, ao preço atual na bolsa (R$ 57), a operação de marketplace (avaliada em R$ 14 por ação) sai de graça para o investidor.

Considerando o preço-alvo médio das quatro estimativas, de R$ 74,25, o potencial de valorização aproximado é de 30%.

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