Bradesco

Vivo patina ao lidar com os próprios clientes e ação sofre na Bolsa

09 fev 2018, 11:56 - atualizado em 09 fev 2018, 11:56
“A canibalização entre a sua própria base de clientes pós-pagos é um risco fundamental”, explicam os analistas

A Vivo (VIVT4) está encontrando dificuldades para ampliar a sua receita de serviços móveis e no gerenciamento da própria base de clientes pós-pago. Este cenário fez com que a Bradesco Corretora cortasse nesta sexta-feira a recomendação para os papéis de neutra para venda, com um preço-alvo de R$ 54. Atualmente os ativos são negociados na casa dos R$ 51.

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Segundo os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles, a tele é bastante dependente de aumento de preços para expandir a sua receita de serviços móveis. O problema, aponta a avaliação, é a diferença de preços entre os planos para clientes novos e para os já existentes e relacionados com a concorrência mais acirrada.

“A canibalização entre a sua própria base de clientes pós-pagos é um risco fundamental, enquanto a migração dos planos pré-pagos para os pós-pagos deve ter pouco impacto no crescimento”, apontam Mendes e Meireles. Eles veem baixa probabilidade de revisões para cima das estimativas dos próximos resultados.

Preços

Em uma análise recente, o Credit Suisse explicou que a Vivo está cortando preços e elevando a qualidade da internet para reter clientes.

Segundo os analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba, a tendência de revisões nos planos devem se intensificar em 2018 e desacelerar o crescimento das receitas no segmento móvel. A Vivo elevou o plano de internet para o pós-pago de 4gb a 6gb para 5 gb a 8gb sem mudanças nos preços.

O banco avalia que essas alterações revelam que um crescente número de clientes prefere pagar menos para manter o nível de dados antigo a pagar mais para uma internet que talvez eles não precisem.

“Colocando as coisas em perspectiva, os consumidores agora podem obter um plano de 5gb com a Vivo por R$ 100 ao mês (contra R$ 200 um ano atrás) e de 8 gb por R$ 150 ao mês (contra R$ 370 um ano atrás)”, explica o Credit Suisse.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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