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Vale: Ser previsível é muito bom, avaliam analistas

26 abr 2018, 7:01 - atualizado em 26 abr 2018, 0:57

A Vale (VALE3) foi previsível e isso é muito bom, avaliam os analistas do BTG Pactual e Credit Suisse em relatórios após o balanço do primeiro trimestre da mineradora. O lucro líquido chegou a US$ 1,590 bilhão, o que representa uma queda de 36% na comparação com o lucro de US$ 2,490 bilhões visto um ano antes, mas um forte avanço na em relação aos US$ 771 milhões do quarto trimestre de 2017. Os números ficaram abaixo do consenso de mercado medido pelo TradersClub, de US$ 1,91 bilhão.

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O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de US$ 3,971 bilhões, ficando praticamente em linha com o período imediatamente anterior, apesar do efeito sazonal de menores volumes, e como resultado dos maiores preços realizados em todos os segmentos. Um ano antes, o Ebitda tinha alcançado US$ 4,308 bilhões. A receita operacional líquida alcançou US$ 8,603 bilhões, ficando US$ 88 milhões maior do que no mesmo período do ano anterior.

“Depois de anos de resultados altamente desafiadores para decifrar (especialmente na conciliação de realizações de preço de minério de ferro), a Vale forneceu um conjunto bastante previsível de resultados, que é o objetivo da administração”, destacam os analistas Leonardo Correa e Gerard Roure. O prêmio do valor do minério de ferro vendido pela Vale sobre o índice saltou de US$ 3,9 para US$ 5,2 por tonelada. Com isso, a margem Ebitda do segmento pulou de US$ 36,1 para US$ 39,8 a tonelada.

“Estou comprometido em transformar a Vale em uma empresa mais previsível, para que, em qualquer cenário de preços, o mercado possa facilmente prever seu desempenho. Isso só será possível se tivermos total controle de tudo que não seja preços, o que significa que teremos uma política de alocação de capital muito rigorosa, um foco constante em desempenho e esforços contínuos de otimização de custos”, disse o CEO da Vale, Fabio Schvartsman.

Para o Credit Suisse, a Vale deu mais um passo para ser reconhecida pelo mercado como uma empresa previsível. “O 1º trimestre de 2018 está bem alinhado com a expectativa do mercado. Recebemos bem os resultados, uma vez que os US$ 5 bilhões de fluxo de caixa livre e a desalavancagem para 1 vez a Dívida Líquida/Ebitda (dívida líquida de US$ 14,9 bi é a menor nos últimos sete anos) são marcos para estabelecer as bases para aumentar o retorno de caixa aos acionistas”, destacam os analistas Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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