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Petrobras: 5 bancos reiteram recomendação de compra

14 nov 2017, 14:16 - atualizado em 14 nov 2017, 14:21

PULSO DO MERCADO – Após a apresentação dos resultados referentes ao terceiro trimestre do ano, as ações da Petrobras (PETR4) recuavam mais de 5% na tarde desta terça-feira (14) na esteira da desvalorização dos preços do petróleo. Para analistas, em meio a vários itens não recorrentes, há boas e más notícias nos números da estatal petrolífera, prevalecendo a recomendação de “compra” dos papéis na B3.

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O Ebitda ajustado superou as estimativas do BTG Pactual em um trimestre repleto de eventos não recorrentes, como prejuízos com ativos vendidos (R$ 751 milhões), contingências legais (R$ 1 bilhão) e perdas fiscais relacionadas à adesão de programas de renegociação de dívidas (R$ 825 milhões). Em paralelo, os analistas Antonio Junqueira, Gustavo Castro e Daniel Guardiola elogiam o desempenho da área de exploração e produção. Eles recomendam “compra” aos ADRs.

Depois dos ajustes, o Ebitda também veio melhor do que o esperado pela equipe do Credit Suisse, composta por André Natal e Regis Cardoso. Para eles, no entanto, o trimestre ainda não ajuda muito na questão de distribuição de dividendos. Mas a história melhorou. Os analistas destacam o plano de desinvestimento (que ajuda no processo de desalavancagem) e o patamar atual mais favorável dos preços do petróleo. Além disso, o trâmite da transferência de direitos deve ocorrer em breve. A recomendação aos ADRs é de “outperform” (acima da média).

O UBS avalia que o resultado superou as expectativas, com as receitas 9% acima e o Ebitda 4% abaixo. Entretanto, após um ajuste para os eventos não recorrentes, o Ebitda subiria a R$ 21,150 bilhões, que é 6,6% acima do estimado. O lucro líquido ficou muito menor do que o R$ 1 bilhão projetado e que foi explicado pelo resultado financeiro ruim. “O lucro líquido consolidado nos nove meses de 2017 está em R$ 5 bilhões e adicionado pelo IPO da BR Distribuidora deve levar a um pagamento de dividendos, após três anos consecutivos de ausência”, dizem. A recomendação é de “compra”, com preço-alvo de R$ 20,20.

O Bradesco pontua que o lucro líquido veio abaixo da estimativa de R$ 1,7 bilhão em função das contingências legais (R$ 1 bilhão). “Embora a velocidade do plano de desinvestimentos nos preocupe um pouco, estamos mais confiantes de que uma solução referente à transferência de direitos deverá acontecer em breve”, diz o analista Filipe Gouveia. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 20.

Os números também frustraram as projeções do analista Renato Salomone, do Itaú BBA. Ele “espera que a empresa entregue melhores resultados operacionais nos próximos trimestres, seguindo a contínua redução de custos e a recuperação de espaço no mercado doméstico de gasolina, e que o programa de venda de ativos ganhe momentum nos próximos meses”. A recomendação é de “outperform”, com preço justo de R$ 18,50.

A estatal reportou lucro líquido de R$ 266 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 16,458 bilhões no mesmo período de 2016 e ante ganho de R$ 316 milhões nos três meses imediatamente anteriores.  Nos nove primeiros meses do ano, a estatal acumulou lucro de R$ 5,031 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 17,334 bilhões de igual intervalo de 2016.

Na tarde desta terça-feira na B3, as ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) da Petrobras sofriam desvalorização de 5,23% e 5,78%, respectivamente, cotadas em R$ 15,78 e R$ 16,47. No mesmo instante, o Ibovespa perdia 0,79%, aos 71.900 pontos. As cotações do petróleo tinham baixa de mais de 2%, com o barril valendo US$ 55 na Bolsa de Nova York, sob menor perspectiva para a demanda global pela commodity.

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