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CVM aceita acordo com executivo da Embraer sobre anúncio do acordo com Boeing

01 out 2019, 19:51 - atualizado em 02 out 2019, 7:57
A Embraer divulgou fato relevante sobre acerto de memorando de entendimento com a Boeing para a venda de controle de sua principal divisão e parceria na comercialização do cargueiro KC-390 (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta terça-feira que o diretor de relações com investidores da Embraer (EMBR3), Nelson Krahenbuhl Salgado, aceitou pagar 400 mil reais dentro de processo aberto por indícios de irregularidades na comunicação do acordo de compra do controle da divisão comercial da fabricante brasileira de aviões pela Boeing.

No início de julho do ano passado, a Embraer divulgou fato relevante sobre acerto de memorando de entendimento com a Boeing para a venda de controle de sua principal divisão e parceria na comercialização do cargueiro KC-390.

Segundo a CVM, o documento tinha informações incompletas, induzindo o investidor a erro, porque não informou que a nova empresa “teria um conselho de administração formado por membros indicados exclusivamente pela Boeing”. Além disso não mencionou que a Embraer indicaria um membro sem direito a voto para o conselho de administração da nova empresa e que “teria o direito de veto em relação apenas a certas matérias”.

A Embraer posteriormente incluiu essas informações, presentes no memorando de entendimentos acertado com a Boeing, num comunicado ao mercado em outubro de 2018. Logo após essa divulgação, a ação da Embraer caiu quase 3% na bolsa.

“Após negociações com o Comitê de Termo de Compromisso (CTC), o proponente (Salgado) aderiu à contraproposta apresentada pelo CTC de pagar à CVM o valor de 400 mil reais.”

O governo aprovou no início deste ano a venda do controle da divisão de aviação comercial da Embraer. O negócio ainda precisa de aprovação de autoridades regulatórias. Na semana passada, a Embraer informou que a Comissão Europeia indicou que pretende abrir investigação com duração de até cinco meses sobre o negócio. A previsão inicial era conclusão da transação ainda em 2019.

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