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Petrobras dispara e puxa Ibovespa para alta de 1,5%; Dólar cai após oscilar

26 abr 2018, 17:40 - atualizado em 26 abr 2018, 18:56
Vale
As ações da Vale terminaram em alta após a apresentação dos resultados

O Ibovespa avançou 1,57%, a 86.383 pontos, nesta quinta-feira (26) na esteira do melhor humor dos mercados internacionais e acompanhando o cenário corporativo cheio de balanços corporativos e por mais um round na disputa pela Eletropaulo (ELPL3). Após oscilar ao longo do dia acima dos R$ 3,50, o dólar encerrou negociado perto de R$ 3,47 com baixa de 0,3%.

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“Lá fora, o Dólar avançou 0,46% contra a cesta de moedas, a 91,59, tendo como destaque o recuo de 0,48% do Euro após decisão de política monetária do BCE reforçar a continuidade de política monetária acomodatícia. No que se refere ao programa de compra de ativos (QE), este teve manutenção da expectativa de findar em Setembro, mas o texto trouxe reforçou a possibilidade de postergação deste fim, em caso de as condições induzirem a isso. Ainda, reforçou que os juros extremamente baixos devem continuar por período prolongado”, ressalta uma avaliação da corretora H.Commcor.

Em meio a disputa para saber quem ficará com o controle acionário da Eletropaulo, as ações da companhia paulista negociaram nesta quinta-feira com nova valorização de 7,96% a R$ 33,11. A espanhola Iberdrola, por meio da subsidiária brasileira Neonergia, elevou novamente sua oferta de aquisição da Eletropaulo para R$ 32,10 por ação, poucas horas depois de a italiana Enel também ter subido sua proposta. A Enel já rebateu e ampliou para R$ 32,20.

Os papéis da Petrobras (PETR4) avançaram 4,14%, a R$ 22,63, acompanhando os preços do petróleo no mercado internacional. A empresa anunciou hoje Rafael Mendes Gomes para o cargo de Diretor Executivo de Governança e Conformidade, além da recondução demais Diretores Executivos da Petrobras. Os preços do petróleo bruto fecharam com leve alta com a expectativa crescente de que os EUA deixarão o acordo nuclear com o Irã, o que faria retornar as sanções ao país e reduziria sua capacidade de exportação da commodity.

Com as ações em queda desde a deflagração da Operação Tira-Teima no começo de abril, a Hypera Pharma (HYPE3), antiga Hypermarcas, enfrenta um novo dia negativo para seus ativos na bolsa paulista, com queda de 4% a R$ 31,48. Além do momento incerto vivido pela companhia, o Credit Suisse reduziu a recomendação do papel de outperform para neutro, com preço-alvo de R$ 38,00.

Resultados: em alta

As ações da Vale (VALE3) operaram em alta de 1,56%, a R$ 48,70, após a mineradora apresentar o resultado do primeiro trimestre de 2018 que foi recebido positivamente pelos analistas. O lucro líquido chegou a US$ 1,590 bilhão, o que representa uma queda de 36% na comparação com o lucro de US$ 2,490 bilhões visto um ano antes, mas um forte avanço na em relação aos US$ 771 milhões do quarto trimestre de 2017.

“O 1º trimestre de 2018 está bem alinhado com a expectativa do mercado. Recebemos bem os resultados, uma vez que os US$ 5 bilhões de fluxo de caixa livre e a desalavancagem para 1 vez a Dívida Líquida/Ebitda (dívida líquida de US$ 14,9 bi é a menor nos últimos sete anos) são marcos para estabelecer as bases para aumentar o retorno de caixa aos acionistas”, destacam os analistas do Credit Suisse Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha.

Os ativos do Bradesco (BBDC4) terminaram estáveis, negociados a R$ 34,73. O Itaú BBA avalia que os resultados apresentados nesta quinta-feira (26) podem ser um gatilho para as ações. O analista Thiago Bovolenta entende que o balanço foi positivo pela qualidade dos ativos, que revelou tendências muito boas. As provisões para perdas com empréstimos diminuíram na comparação trimestral. Além disso, as despesas operacionais foram boas e as margens superaram as expectativas.

A notícia de que ex-ministro Antonio Palocci fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal está também no radar do investidor. Palocci sinalizou que explicaria a forma de favorecimento às empresas clientes de sua consultoria e, entre elas, estariam dois bancos.

As ações da Klabin (KLBN11) avançam 2,72%, para R$ 20,75, mesmo com a queda de 79% do lucro líquido no primeiro trimestre de 2018 na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 125 milhões. O Ebitda ajustado, contudo, apresentou um crescimento de 41% no período em relação ao mesmo período de 2017, para R$ 760 milhões.

A administradora de shopping centers Multiplan (MULT3) vê no início da sessão desta quinta-feira suas ações registrarem valorização de 3,63% a R$ 67,10. O mercado reage positivamente ao balanço trimestral divulgado pela companhia, que leva os ativos à liderança entre os fazem parte do Ibovespa.

Na visão do BB Investimentos, os números apresentados trazem margens sólidas. A empresa aumentou a margem NOI mesmo com um crescimento de sua ABL (devido ao lançamento do ParkShopping Canoas no 4T17), pressionando a taxa de ocupação e as vendas.

Resultados: em baixa

A Estácio (ESTC3) recuou 5,74%, para R$ 33,85, após revelar o seu balanço trimestral. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 197,4 milhões, apontando alta de 62% frente ao lucro de R$ 121,8 milhões no mesmo período de 2017. Na mesma base de comparação, o Ebitda da companhia de educação cresceu 53,7%, totalizando R$ 330,1 milhões, com aumento de 9,1 pontos percentuais na margem Ebitda, para 35,3%.

“Os resultados da Estácio foram excelentes em todas as linhas do balanço. Diante do mercado desafiador e de seus movimentos recentes, acreditávamos que a Estácio teria um desempenho modesto em termos de matrículas de novos alunos. Apesar de a base de alunos ter caído, a empresa aumentou o valor das mensalidades”, ressalta o analista Luciano Campos do Bradesco BBI.

Os papéis da Via Varejo (VVAR11) caíram 4,39%, a R$ 30,26, após a empresa reportar uma queda de 26% no lucro líquido do primeiro trimestre, a R$ 71 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 96 milhões). O Ebitda ajustado atingiu R$ 407 milhões entre janeiro e março deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa alta de 24,1%.

(Com Investing.com)

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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