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Vivo mostra mais do mesmo, mas analista vê dividendo maior

25 jul 2018, 10:25 - atualizado em 25 jul 2018, 10:25

A Vivo (VIVT4) anunciou um lucro líquido de R$ 3,166 bilhões no segundo trimestre de 2018, crescimento de 262,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com o ajuste para os efeitos não recorrentes, contudo, o resultado líquido ficaria em R$ 1,1 bilhão, avanço de 28,7% em relação ao ano passado. O número veio em linha com o estimado pelo BTG Pactual.

O lucro foi inflado, principalmente, pelo o trânsito em julgado no Superior Tribunal de Justiça, a favor da companhia, reconhecendo o direito de exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS, de R$1,830 bilhão.

O Ebitda ajustado ficou em R$ 3,7 bilhões em um crescimento de 5,8% em relação ao ano anterior. O número veio 1% acima do projetado pelo BTG e em linha com o mercado. A receita operacional líquida ficou em R$ 10,817 bilhões, com avanço de 1,1% na passagem anual. Os números ficaram em linha com o mercado.

A receita de serviço móvel subiu 1,9%, para R$ 6,388 bilhões (em linha com o esperado), e a de dados e serviços digitais subiu 11,5%, a R$ 5,016 bilhões, e já representa 78,5% da receita de serviço móvel. A receita líquida fixa caiu 3,7%, para R$ 4,007 bilhões (1,5% abaixo do estimado), enquanto a receita líquida de aparelhos disparou 60,5%.

Análises

Segundo o BTG Pactual, a tendência de queda na telefonia fixa e as desconexões líquidas de pré-pago, que chegaram a 772 mil, têm segurado um desempenho melhor das receitas. A receita líquida do pré-pago recuou 16,6%. O banco manteve a recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 60.

Para o banco Safra, os resultados da Vivo foram neutros, com o crescimento da receita líquida chegando a um ponto de preocupação. A recomendação para as ações é de desempenho acima da média do mercado (outperform), com um preço-alvo de R$ 58.

“Por outro lado, o EBITDA continua registrando crescimento saudável na eficiência de custos. Embora o evento não recorrente seja um evento não-caixa, fortes ganhos contábeis devem permitir à Vivo aumentar os dividendos (e otimizar sua estrutura de capital)”, destacam os analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória. Eles calculam um acréscimo de aproximadamente R$ 1,1 por ação na distribuição anual.

Já a XP Investimentos mantém uma visão neutra nas ações da companhia, “em razão de acharmos que os serviços de qualidade superior da companhia já estarem refletidos nos preços das ações”.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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