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Veja o novo jato da Airbus que já é o pesadelo da Embraer

11 jul 2018, 14:26 - atualizado em 11 jul 2018, 14:26

Pode-se dizer que a Embraer não está nas alturas, ainda mais agora que a Airbus anunciou a nova linha de jatos A220. O modelo, que será comprado pela JetBlue para substituir os aviões da Embraer, tem capacidade para até 130 assentos, e substituirá a frota atual de 60 aviões E190, da Embraer, com os jatos deixando de operar a partir de 2020.

Documento da Airbus que compara o novo avião com a família E2 da Embraer

O A220 é um novo nome dado ao modelo que era antes chamado de CSeries e fazia parte da canadense Bombardier. No documento oficial do jato, a Airbus até fez menção aos modelos da família E2, vendidos pela Embraer, notando que o novo modelo é mais eficiente, mais leve, mais econômico e tem mais lugares.

“Nós estamos focados nos planos de aumentar a produção dos A220s e deixá-los mais competitivos”, diz Philippe Balducchi, presidente da CSALP (parceria da Airbus com a Bombardier). “Eu acho que já ficou muito claro que nossos amigos canadenses criaram um avião fantásticos. Vamos lutar para fazer justiça a ele com nossa experiência em gerenciar programas de aviação e cadeias de suprimentos. ”

Com o mercado de aviões para 100-150 pessoas em mente, o jato vem em dois modelos: o A220-100, mais simples, e o A220-300, com maior fuselagem. Para saber mais sobre eles, é só ver o vídeo abaixo:

Briga de gigantes

A lógica comercial por trás do avanço da Boeing sobre a Embraer está na sua forte concorrente Airbus. A empresa francesa comprou, em julho do ano passado, uma fatia majoritária do deficitário negócio de aeronaves comerciais CSeries da canadense Bombardier, sem custo nenhum. Isso deixou a Boeing sem poder de fogo neste segmento de aviões com capacidade entre 100 e 150 passageiros com corredor único, no qual a Embraer opera com os seus jatos E2.

Ou seja, com a parceira Boeing a brasileira pode ter elevado de patamar, mas também passou a fazer parte de uma briga de gigantes. E, neste ringue nas alturas, a dupla Embraer-Boeing pode ter perdido o primeiro round.