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Vale lucra R$ 7,571 bilhões no 2º trimestre

25 jul 2018, 18:39 - atualizado em 25 jul 2018, 19:06

Vale (VALE3) apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 7,571 bilhões no segundo trimestre de 2018, um crescimento de 144,5% na comparação com um ano antes, mostrou a mineradora em um comunicado (veja abaixo) publicado nesta quarta-feira (25). O resultado por ação ficou em R$ 1,46, o que supera as estimativas do mercado de R$ 1,14.

“Estou satisfeito porque vários dos principais aspectos de nossa estratégia foram destacados no último trimestre. Mostramos um progresso significativo em previsibilidade, flexibilidade, gerenciamento de custos, disciplina na alocação de capital e diversificação por meio de nossos próprios ativos”, destaca o Diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman.

A empresa explica que por ser uma empresa brasileira cuja moeda funcional é o real, mas atua como uma empresa multinacional exportadora estando exposta a diversas moedas como: dólar americano, dólar canadense e euro, o lucro líquido da Vale é altamente impactado por flutuações cambiais que produzem um efeito contábil, ou seja, não-caixa no resultado da companhia. Por isso, o lucro líquido recorrente, que exclui os efeitos não-caixa, é uma métrica que reflete de forma mais adequada o desempenho da Vale. Sem essas considerações, o lucro ficaria em R$ 306 milhões.

A receita operacional líquida ficou em R$ 31,234 bilhões, avanço de 33,7% na comparação com o mesmo período de 2017. Os analistas aguardavam um valor de R$ 32,9 bilhões.

A Vale divide o crescimento em maiores volumes de venda (R$ 945 milhões) e impacto positivo da variação cambial (R$ 3,3 bilhões), que foram parcialmente compensados pelos menores preços de vendas (R$ 891 milhões).

O Ebitda cresceu 60,6% e foi a R$ 14,187 bilhões. O crescimento é resultado do impacto positivo da variação cambial (R$ 2,3 bilhões), maiores volumes de vendas (R$ 646 milhões) e maiores dividendos (R$ 360 milhões), parcialmente
compensados por maiores custos e despesas (R$ 1,1 bilhão) e menores preços de vendas (R$ 891 milhões).

Guidance

O guidance de investimentos para 2018 foi revisado para US$ 3,6 bilhões. Os investimentos atingiram US$ 705 milhões no segundo trimestre, constituindo o menor nível para um segundo trimestre nos últimos 13 anos e consistente com a menor execução de investimentos planejada para o período.

Endividamento

A dívida líquida foi reduzida para US$ 11,5 bilhões no período, o que significou a redução de US$ 3,382 bilhões, o menor patamar desde o segundo trimestre de 2011, aproximando-se da meta. A redução foi suportada, explica a Vale, pelo maior fluxo de caixa livre de um segundo trimestre em 10 anos, no valor de US$ 3,1 bilhões. A dívida líquida foi cortada em quase US$ 11 bilhões nos últimos 12 meses.

“Estamos próximos de atingir a nossa meta de dívida líquida e já podemos perceber os benefícios de um menor endividamento em nossa avaliação de crédito, com a recente elevação de nossa classificação de risco pela Moody’s, e também sobre nossas despesas com nossos juros brutos, que foram reduzidas em 30%, passando de cerca de US$ 900 milhões no 1S17 para US$ 630 milhões no 1S18″, diz o CFO da Vale, Luciano Siani Pires.

Dividendos

A empresa também anunciou o pagamento de remuneração aos acionistas com base nos resultados do primeiro semestre de 2018 no valor de R$ 7,694 bilhões, o equivalente a R$ 1,480361544 por ação, sendo R$ 6,801 bi na forma de juros sobre capital próprio e R$ 892, 645 milhões na forma de dividendos.

Esta é a primeira distribuição baseada na nova Política de Remuneração aos Acionistas e com referência a 30% x (EBITDA – Investimento Corrente), “reforçando o compromisso da Vale em se tornar uma companhia previsível”, explica a empresa. O pagamento da remuneração ocorrerá em 20 de setembro.

Recompra

Adicionalmente, o Conselho aprovou um programa de recompra de ações ordinárias no valor de US$ 1 bilhão, “refletindo a confiança dos administradores de que recomprar as próprias ações da Vale é um dos melhores investimentos para os recursos excedentes da companhia, após a forte geração de caixa do primeiro semestre de 2018, o perfil acelerado de desalavancagem e a perspectiva positiva para o desempenho operacional e financeiro da Vale”, conclui a mineradora. O programa terá a duração de até 365 dias.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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