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Usiminas avança com melhor humor e notícia sobre venda da Musa

24 ago 2018, 13:48 - atualizado em 24 ago 2018, 13:48

Por Investing.com – A sessão desta sexta-feira é positiva para boa parte do mercado financeiro, o que se reflete também nas ações da Usiminas (USIM5), com ganhos de 2,62% a R$ 8,22. A siderúrgica confirmou que contratou o BTG Pactual (SA:BPAC11) para a venda de sua participação da Musa.

A Mirae Asset, em documento enviado a clientes nesta sexta-feira, lembra que a Usiminas anunciou há algum tempo o interesse em se desfazer de ativos, como a Usimec. Nessa direção, a companhia iniciou o processo para repensar sua estratégia para os demais negócios.

A corretora destaca que a Usiminas passou por momentos difíceis de demanda, fazendo com que ela precisasse paralisar as atividades primárias em sua unidade de Cubatão, abafando seu alto-forno.

A companhia também passou por dificuldades financeiras, sendo necessário aportes dos acionistas controladores para evitar um risco de pedir recuperação judicial. Depois disso, veio o momento de repensar os próximos investimentos, necessários para aumentar a cava e a produtividade de sua mina de minério de ferro.

Com a notícia de ontem, os analistas da Mirae acreditam que ainda é prematuro apontar o modelo de operação pelo fato dos números da relação da dívida da Musa dentro da Usiminas não ser conhecido.

No entanto, o Ebitda do 2T18 desta controlada atingiu R$ 33,3 milhões, ou 6% do Ebitda gerado no trimestre. O valor dependerá do perfil do investidor, se apenas quer comprar as reservas úteis, hoje existentes, ou querem extrair o existente e investir em ampliação de produção com novas cavas.

Mirae destaca que, quando a Usiminas constitui a Musa, o preço do minério de ferro estava girando em patamar elevado e visando reduzir custos, partiu para o investimento neste negócio, assim como outras siderúrgicas.

Os analistas entendem que a decisão é apenas estratégica, já que as reservas da Musa não são apontadas como minério de ferro de alto teor, ou seja, o preço não acompanha o benchmark de 62% de mercado. Apesar disso, a notícia pode ser considerada positiva, já que a Usiminas partiu para uma estratégia de normalizar sua estrutura de capital.

Em junho a dívida líquida consolidada da Usiminas se posicionou em R$ 4,7 bilhões, (dívida líquida/Ebitda de 2,3x). A entrada de qualquer valor tende a refletir positivamente no preço da ação da Usiminas, o que a corretora acredita que será um vetor positivo para o preço da ação no curto prazo.

A recomendação segue sendo de compra, com preço justo de R$ 11,99 e upside de 47%.

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