Inflação dos EUA pode acabar de vez com planos do Fed; o que esperar do Ibovespa (IBOV)

Hoje tem Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) do mês de março na agenda dos Estados Unidos e as expectativas não são das melhores.

Isso porque ontem saíram os dados do PCE do primeiro trimestre e os dados vieram bem acima das projeções do mercado. O PCE trimestral subiu de 1,8% para 3,4%. Além disso, o núcleo, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, saltou de 2% para 3,7%.

Para hoje, as projeções são de uma desaceleração de 0,33% para 0,3% no índice cheio mensal; e uma ligeira alta de 2,5% para 2,6% na taxa anualizada. Já o núcleo deve subir de 0,27% para 0,3% no mês e recuar de 2,8% para 2,7% no ano.

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A questão é que uma alta na inflação pode acabar de vez com os planos do Federal Reserve de iniciar o seu afrouxamento monetário nos próximos meses.

Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, já alertou de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) precisará ter mais confiança nos dados econômicos do país para começar as reduções. Atualmente, a taxa de juros americana está entre 5,25% e 5,50%.

“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, ao invés disso, indicam que é provável que demore mais tempo do que o esperado para alcançar essa segurança”, disse Powell.

Segundo os dados da ferramenta CME FedWatch Tool, alguns otimistas apostam em que pode haver cortes nas reuniões de maio, junho e julho. Mas a maioria projeto um reajuste só em setembro, com 43,8% defendendo um corte de 0,25 ponto percentual.

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O que esperar do Ibovespa

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) fechou com um declínio modesto. A queda da Vale (VALE3), na esteira de resultado trimestral abaixo das previsões do mercado, teve como contrapeso o avanço da Petrobras (PETR4), após acionistas aprovarem distribuição de dividendos extraordinários.

Com isso, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,08%, a 124.645,58 pontos.

O EWZ, principal ETF de ações brasileiras negociado no mercado americano, opera no negativo nesta manhã, caindo 1,30%.

Para hoje, tem divulgação da prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de abril. As projeções são de uma desaceleração de 0,36% para 0,29% no mês. Já no acumulado de 12 meses, as apostas são de uma redução de 4,14% para 3,85%. Confira o que esperar do IPCA-15 aqui.

Além disso, na agenda da temporada de balanços, tem a Hypera (HYPE3) após o fechamento do mercado.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (26)

Bolsas asiáticas

• Tóquio/Nikkei: +0,81%
• Hong Kong/Hang Seng: +2,12%
• China/Xangai: +1,17%

Bolsas europeias (mercado aberto)

• Londres/FTSE100: +0,49%
• Frankfurt/DAX: +0,78%
• Paris/CAC 40: +0,36%

Wall Street (mercado futuro)

• Nasdaq: +0,99%
• S&P 500: +0,72%
• Dow Jones: +0,09%

Commodities

• Petróleo/Brent: +0,60%, a US$ 89,53 o barril
• Petróleo/WTI: +0,65%, a US$ 84,11 o barril
• Minério de ferro:  +0,06%, a US$ 122,05 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

• Bitcoin (BTC): +0,54%, a US$ 64.200
• Ethereum (ETH): +1,47%, a US$ 3.128

Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!