Telecom em foco: Oi, Tim ou Vivo, apostar em quem no resultado do 1º trimestre?
O Bradesco BBI divulgou relatório sobre o setor de telecomunicações, no qual mostra suas projeções para os resultados de Tim (TIMP3), Vivo (VIVT4) e Oi (OIBR3).
Os analistas Fred Mendes e Flavia Meirelles ponderam que o principal direcionador de curto prazo para as empresas no setor é a aprovação da PLC 79, lei que reforma o segmento de telecomunicações no país e que ajudaria principalmente a Oi, além de contribuir para a consolidação do setor.
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“Estamos vendo sinais de melhora em termos de concorrência, particularmente nos segmentos pós-pago e controle, com a Vivo e a Tim aumentando os preços”, diz o Bradesco BBI, destacando ainda que a maior ameaça para o setor é o segmento de pré-pago, porém os temores foram reduzidos devido ao aumento nos últimos dias de preços da Vivo nesta divisão.
No entanto, as adições líquidas no segmento pós-pago da Vivo diminuíram 33% nos últimos 6 meses (no intervalo de setembro de 2018 a fevereiro de 2019) e o crescimento mais lento da receita, principalmente no segmento fixo, impactou negativamente os resultados.
“Reconhecemos os valuations atraentes – particularmente para a Tim, que negocia com um múltiplo com desconto de 11% em relação a Vivo, mas sem direcionadores operacionais no curto prazo”, afirma a instituição.
Tim na frente
Em relação a expectativa frente os resultados do primeiro trimestre de 2019, os analistas não enxergam grandes direcionadores para as empresas de telecomunicações, contudo, espera-se que a Tim deverá registrar os melhores resultados.
O banco projeta lucro líquido de R$ 503 milhões para a empresa no período, o que significa alta de 105,4% frente à cifra de R$ 245 milhões vista entre janeiro e março de 2018.
Vivo na primeira fila, com Oi retardatária
“A Vivo provavelmente reportará resultados neutros, enquanto a Oi deve reportar os resultados mais fracos”, pondera o Bradesco BBI, ressaltando que não espera melhora significativa para Oi no primeiro trimestre de 2019.
Para a Vivo, os analistas estimam lucro líquido de R$ 1,28 bilhão, o que representaria alta de 17,1% frente o montante de R$ 1,09 bilhão dos três primeiros meses de 2018. Já para Oi, as estimativas são piores: prejuízo líquido de R$ 509 milhões no primeiro trimestre deste ano.
Por outro lado, diante da PLC 79, os analistas mantém a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 2,10 por ação da Oi – upside (potencial de valorização) de 28,8% em relação ao último fechamento. O preço-alvo anterior era de R$ 2,10.
Confira abaixo recomendações do Bradesco BBI: