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Banco24Horas, dos “bancões”, atrapalha clientes de bancos pequenos

06 nov 2019, 13:46 - atualizado em 06 nov 2019, 15:12
Banco24H Bancos Empresas
As tarifas da dona da rede de caixas Banco24Horas “são muito grandes para os bancos pequenos”, disse Campos Neto, presidente do Banco Central (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

O Banco Central tem olhado o tema de tarifas cobradas por saques em caixas eletrônicos, afirmou nesta quarta-feira o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontando que a atuação da Tecban tem atrapalhado a competição.

Controlada por Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e Caixa Econômica Federal, a Tecban é dona da rede de caixas Banco24Horas.

“As tarifas que a Tecban cobra elas são tarifas que são muito grandes para os bancos pequenos, o que em parte até inviabiliza um pouco a competição. Então obviamente é um tema que o Banco Central tem acompanhado”, afirmou Campos Neto em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

O presidente do BC destacou que a TecBan, “que é uma empresa controlada pelos grandes bancos”, é a responsável por fornecer grande parte dos caixas eletrônicos.

Roberto Campos Neto
Campos Neto reconheceu a parlamentares que a concentração bancária no país é alta e que a rentabilidade das instituições financeiras também (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

“Então o que acontece na prática é que o banco pequeno que precisa entrar no mercado, que precisa dar acesso ao seu cliente pequeno, acesso ao ATM, ele paga muito mais do que o banco grande”, disse.

Na audiência, Campos Neto reconheceu a parlamentares que a concentração bancária no país é alta e que a rentabilidade das instituições financeiras também, principalmente no cenário atual de baixos juros básicos.

Câmbio

Sobre o movimento do dólar frente ao real, o presidente do BC reforçou que a autoridade monetária não tem meta pra câmbio e que faz intervenções no mercado quando entende que há gap de liquidez.

“Importante é como o câmbio influencia nos canais da expectativa (da inflação)”, frisou Campos Neto.

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