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TAM e Multiplus anunciam divórcio e saída da Bolsa

05 set 2018, 9:07 - atualizado em 05 set 2018, 9:22

A TAM decidiu tirar as ações da sua subsidiária Multiplus (MPLU3) da Bolsa brasileira. Em um comunicado enviado à empresa de programas de fidelidade, a companhia aérea disse que não pretende prorrogar ou renovar o contrato operacional firmado e pretende realizar uma OPA (Oferta Pública Unificada de Aquisição) para cancelar o registro de companhia aberta e realizar a saída do Novo Mercado, mostra um comunicado enviado nesta quarta-feira (5).

Mirae: Oferta da TAM para Multiplus está abaixo do consenso

A proposta é de pagamento de R$ 27,22 por ação. O preço foi calculado como o equivalente à média ponderada pelo volume dos últimos 90 pregões e ajustado pelos dividendos pagos, a um prêmio de 11,6% sobre o valor de R$ 24,40. O banco de investimentos Credit Suisse foi contratado como avaliador independente. A ideia é que a TAM passe a administrar de maneira totalmente integrada o seu programa de fidelidade e milhagem no Brasil.

“Me dê motivos”

Segundo a TAM, o mercado de programas de fidelidade vem enfrentando desafios constantes que, por sua vez, demandam esforços crescentes para manter a competitividade perante aos seus concorrentes. Neste contexto, vem realizando esforços coordenados para estabilizar e aumentar a atratividade do programa de fidelidade da companhia no mercado brasileiro, explica em nota.

“No entanto, limitações oriundas não só do relacionamento contratual entre as duas companhias, mas também de suas estruturas operacionais e societárias segregadas se mostram como um obstáculo para a capacidade da companhia de reagir rápida e eficientemente às mudanças do mercado, bem como contribuíram para sua perda de market share”, ressalta a TAM.

Desta forma, a companhia aérea entende que mesmo após o contrato operacional em vigor desde janeiro de 2010 ter sido renovado várias vezes para trazer mais competitividade, incluindo os mais recentes que reduziram, em média, 5% dos preços das passagens domésticas e 2% das internacionais, a perda de participação de mercado continuou.

“Além disso, é importante mencionar que não existem motivos para concluir que o atual cenário mudará significativamente no futuro ou que a companhia não continuará a ser negativamente afetada pelos fatores mencionados”, completa a TAM.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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