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SPX muda gestores e ex-BC Beny Parnes cuidará de nova área de crédito privado

13 fev 2019, 20:30 - atualizado em 13 fev 2019, 20:50

Por Arena do Pavivi – Com a saída de dois sócios, um há dois meses e outro neste mês, a gestora de recursos independente SPX Capital, uma das maiores do mercado, aproveitou para fazer uma reorganização em sua estrutura. Além de substituir os que saíram, a gestora está criando uma área de crédito, que será comandada por Beny Parnes, ex-diretor do Banco Central (BC) e que atua hoje como economista-chefe da asset. Parnes já havia comandado a área de análise de crédito no BBM, instituição onde a maioria dos sócios que criaram a SPX em 2010 se conheceu. Quem assumirá o comando do departamento econômico no Brasil será Gabriel Hartung, que já trabalha com Parnes. Já para a área de economia internacional, o nome ainda será definido.

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A SPX tem cerca de R$ 35 bilhões sob gestão e é responsável por alguns dos fundos multimercados mais rentáveis dos últimos quatro anos, apesar da escorregada no ano passado, quando seu fundo principal, o Nimitz, rendeu 3,7%, abaixo do CDI de 6,4%. Desde o início, o fundo rende 182,27% para 121,93% do referencial dos juros. Em janeiro deste ano, o fundo começou bem, com rendimento de 1,05%, para 0,57% do CDI.

Segundo Rogério Xavier, coordenador do Comitê Executivo da SPX, a área de crédito vai preencher uma lacuna na atual gestão dos multimercados e abrir novas oportunidades de negócios. A ideia é que Parnes participe da gestão dos multimercados, mas não está descartada a possibilidade de criação de um fundo específico de crédito. Em nota distribuída aos clientes, a SPX explica que a atuação nesse mercado de crédito tende no tempo a contribuir para a análise e gestão dos demais ativos, além de, potencialmente, expandir a capacidade dos fundos em investir em mais mercados.

Em relação às saídas de Marcio Albuquerque (gestor de moedas) e Sebastian Lewit (gestor de juros), a avaliação é que se tratou de um processo normal dentro de uma sociedade. “Um sócio quis mudar de vida, cansou, e outro decidiu deixar a empresa, mas são coisas normais em uma partnership”, afirma Xavier. “Mas eram pessoas que estavam há 18 anos conosco, acho que não dá para dizer que o ambiente era ruim”, destaca. Xavier lembra também que a gestora conta hoje com 125 pessoas.

Com relação ao impacto no dia a dia da gestão, a SPX lembra que os dois sócios que saíram faziam parte das áreas comandadas por Xavier, em juros, e Bruno Pandolfi, de moedas, que vão continuar na empresa, concentrando as principais posições. As equipes em questão contam ainda com mais de 10 profissionais dedicados.

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Gestor de ações da Adam

Ao mesmo tempo, a SPX reforçou seu time de ações com a vinda de Fernando Gonçalves, que estava na concorrente Adam Capital. Gonçalves, que já passou também pelo Merryl Lynch, JP Morgan e Gávea, atuará na equipe de Leonardo Linhares, com foco em ações internacionais.

Outra mudança foi a migração de Bruno Mafra, até então responsável por commodities, para assumir função executiva na empresa. Em seu lugar, entrou Ylan Adler, após 8 anos integrando a equipe e na sociedade desde 2014.

Para a SPX, as alterações na estrutura organizacional da SPX fazem parte de um processo natural de uma partnership dentro de um ambiente meritocrático. “Entradas e saídas devem ser analisadas com cautela, e se bem compreendidas, vistas como parte desse processo”, diz em nota. A gestora conta com uma equipe sólida, espalhada em quatro escritórios e atuando de maneira global. “Essa estrutura, permite a gestora capacidade de continuar atraindo e retendo talentos, dando continuidade à gestão apresentada desde o início do seu histórico”, afirma a nota.

Além disso, não houve mudanças nos membros do comitê executivo, que seguem sendo responsáveis pela maior parte das decisões da asset, e que incluem, além de Xavier e Pandolfi, Daniel Schneider e Leonardo Linhas.