Frigoríficos

Sem JBS em nenhuma lista chinesa, carne bovina é maior ganhadora após longa espera de novas plantas

09 set 2019, 11:33 - atualizado em 09 set 2019, 11:33

 

Carne
Aumentam as chances de ganhos nas exportações brasileiras de carnes com novas unidades exportadores habilitadas à China

O Brasil havia entregue à China uma lista de aproximadamente 30 unidades frigoríficas de carne bovina para serem habilitadas a exportarem para lá. Informações davam conta de que os chineses não aceitariam avaliar mais de 20. Passados quatro meses, desde que a missão oficial do governo brasileiro veio de lá, e muita boataria até então, a China apresentou seu aval para 17 plantas, além seis de aves, uma de suínos e mais outra de asininos.

O ritmo decisório lento, inclusive a inspeção virtual nas plantas, das autoridades chinesas deixou o mercado em expectativa muito grande, a ponto até de uma segunda visita da ministra da Agricultura e Pecuária (Mapa), Tereza Cristina, ter sido cancelada o mês passado.

Chegou-se até duvidar de que pudesse haver alguma novidade antes da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, em outubro, ou até mesmo em 2019.

Sem nenhuma planta do maior player mundial, a JBS, e com duas novas do Minerva e também do Marfrig – cujas ações seguem alta na B3 desde a abertura dos negócios – os frigoríficos médios brasileiros obtiveram mais chances de pegar uma fatia desse maior mercado comprador de carne bovina brasileira.

A JBS também na está na lista de empresas habilitadas em aves e suínos. A BRF entrou com uma unidade. Outro grande dos dois setores é a Aurora Alimentos.

Enquanto aves e suínos também eram esperado, com o impulso da epidemia da peste suína africana (PSA), as atenções para a carne bovina eram maiores dada a envergadura dos negócios, além do peso determinante na pecuária porteira adentro.

A tendência é alta também no mercado do boi físico, já que haverá maior necessidade de matéria-prima para suprir novos embarques. As exportações à China representam quase 40%, sendo que de janeiro a agosto o país comprou 430,9 mil toneladas, praticamente o mesmo volume de 2018 nos mesmos meses.

Veja a lista oficial do Mapa:

Carne Bovina 

COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE CARNE E DERIVADOS DE GURUPI – GURUPI (TO)
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE CARNE E DERIVADOS DE GURUPI – RIO MARIA (PA)
FRIGORÍFICO REDENTOR – GUARANTÃ DO NORTE (MT)
MINERVA – PALMEIRA DE GOIÁS (GO)
MINERVA S/A – ROLIM DE MOURA (RO)
BARRA MANSA COMÉRCIO DE CARNES E DERIVADOS LTDA – SERTÃOZINHO (SP)
AGROINDUSTRIAL IGUATEMI EIRELLI – IGUATEMI (MS)
MARFRIG GLOBAL FOODS – TANGARÁ DA SERRA (MT)
NATURAFRIG ALIMENTOS LTDA – BARRA DO BUGRES (MT)
MARFRIG GLOBAL FOODS – VÁRZEA GRANDE (MT)
MASTERBOI LTDA – SÃO GERALDO ARAGUAIA (PA)
FRIGOL – ÁGUA AZUL DO NORTE (PA)
PLENA ALIMENTOS S.A – PARAÍSO DO TOCANTINS (TO)
AGROINDUSTRIAL DE ALIMENTOS S.A – RONDONÓPOLIS (MT)
NATURAFRIG – ROCHEDO (MS)
VALE GRANDE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS – MATUPÁ (MT)
MERCÚRIO ALIMENTOS – CASTANHAL (PA)

Aves

COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS – MANDAGUARI (PA)
COASUL COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL – SÃO JOÃO (PR)
RIO BRANCO ALIMENTOS S.A – VISCONDE DO RIO BRANCO (MG)
GONÇALVES E TORTOLA S.A – PARAÍSO DO NORTE (PR)
BRF – LUCAS DO RIO VERDE (MT)
GRANJEIRO ALIMENTOS LTDA – ROLÂNDIA (PR)

Suínos

BRF S.A – LUCAS DO RIO VERDE (MT)

Asininos

NORDESTE PECUÁRIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA – AMARGOSA (BA)

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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