Internacional

Reino Unido promete mudanças na economia de olho em eleições

01 nov 2019, 16:18 - atualizado em 01 nov 2019, 16:18
Os conservadores do governo de Boris Johnson querem implementar um acordo do Brexit que, segundo eles, vai iniciar uma era de ouro do livre comércio e da autorregulação (Imagem: Luke MacGregor/Bloomberg Photographer)

Os principais partidos políticos do Reino Unido se preparam para a terceira eleição em cinco anos, prometendo a transformação mais radical da economia do país em décadas.

Os conservadores do governo de Boris Johnson querem implementar um acordo do Brexit que, segundo eles, vai iniciar uma era de ouro do livre comércio e da autorregulação, mas que economistas dizem que poderia encolher a economia em 3,5% a longo prazo. A projeção se compara com a permanência na União Europeia – um possível resultado da política do Partido Trabalhista de realizar um segundo referendo.

Por outro lado, o líder trabalhista Jeremy Corbyn defende um extenso programa de nacionalização que a Confederação da Indústria Britânica adverte que pode custar quase 200 bilhões de libras (US$ 259 bilhões).

Crescimento

O Reino Unido realizará eleições com um dos piores cenários de crescimento em vários anos. O ritmo de expansão diminuiu em meio à turbulência do Brexit. O crescimento do PIB desacelerou de mais de 2% antes do referendo para 1,9% em 2016 e 2017, 1,4% em 2018 e previsão de 1,2% este ano.

No segundo trimestre, a economia encolheu pela primeira vez desde 2012, em parte como resultado de empresas queimando estoques implementados antes do prazo original do Brexit em março.

Confiança do consumidor

Uma das principais razões para a desaceleração é a falta de investimentos, já que a incerteza crescente do Brexit torna impossível para as empresas fazerem planos. Como isso, os consumidores se tornaram o principal fator de impulso do crescimento econômico.

Tendências de longo prazo

Embora o Brexit tenha sido responsabilizado por grande parte dos males do Reino Unido nos últimos anos, um de seus maiores problemas é uma questão de longo prazo. O desempenho sombrio da produtividade do país significa que a produção horária cresceu em média apenas 0,4% ao ano desde a crise financeira, em comparação com 2% na década anterior.

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