Internacional

Reino Unido não consegue acordo e Brexit é adiado

14 mar 2019, 16:09 - atualizado em 14 mar 2019, 16:09
Charge de dois esqueletos e bandeiras do Reino Unido e União Europeia
   Charge feita por Investing.com sobre o Brexit (Imagem: Investing.com)

Por Investing.com – Os parlamentares britânicos aprovaram o adiamento do Brexit para depois de 29 de março nesta quinta-feira. Votaram a favor do adiamento 412 parlamentares, enquanto os votos contrários somaram 202. O adiamento ocorre um dia após o Parlamento rejeitar a perspectiva de o Reino Unido deixar a União Europeia sem um acordo.

Um pouco antes do início da votação, a libra esterlina operava em queda de 0,49% a US$ 1,3270. A cotação não se alterou após o resultado da votação.

A hipótese de um segundo referendo está, por enquanto, descartada. Antes de votar pelo adiamento, foi apresentada uma emenda para uma nova consulta à população decidir sobre o Brexit, que acabou sendo rejeitada por 334 parlamentares – apenas 85 votaram a favor. Também foram descartados o controle do Brexit pelo Parlamento e a extensão do prazo para 30 de junho.

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O processo deve continuar com os mesmos procedimentos: a primeira-ministra Theresa May negociando um acordo com a União Europeia e, em seguida, tentar a aprovação no Parlamento. Já houve a rejeição de dois acordos pelos parlamentares, um em janeiro e outro na última terça-feira (12). Líderes europeus se reúnem no próximo dia 21 para discutir se garantem o adiamento do Brexit.

Antes da votação

O ministro das finanças britânico Philip Hammond advertiu, antes da votação de hoje, que Bruxelas poderia insistir em um adiamento ainda maior para o Brexit se o governo do Reino Unido solicitar uma extensão do processo.

“Isso não está sob nosso controle e a União Europeia está sinalizando que somente se tivermos um acordo é provável que ele esteja disposto a conceder uma breve extensão técnica para aprovar a legislação”, disse Hammond à Sky News.

“Se não tivermos um acordo, e se ainda estivermos discutindo entre nós qual é o caminho certo a seguir, é bem possível que a UE insista em um período significativamente mais longo”, disse ele.

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A primeira-ministra, Theresa May disse na quarta-feira que os legisladores precisariam concordar com o caminho antes que uma prorrogação pudesse ser obtida. Todos os outros 27 estados membros da UE devem concordar com qualquer extensão.

Ela disse que sua preferência era por um pequeno adiamento, o que significa que o governo poderia tentar aprovar o acordo que ela negociou com a UE até meados da próxima semana, apesar de ter sido rejeitado pelos legisladores em janeiro e novamente na terça-feira.

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Andrew Bridgen, parlamentar eurocético do Partido Conservador de May, acusou-a de perseguir uma política de “terra arrasada” e de destruir todas as outras opções do Brexit para deixar os legisladores com uma escolha entre seu acordo e um atraso de um ano ou mais.

A União Europeia disse que não haverá mais negociações com Londres sobre os termos do divórcio, firmado com May após dois anos e meio de negociações tortuosas.

Os britânicos votaram 52% -48% em junho de 2016 para deixar a UE, mas a decisão não apenas dividiu os principais partidos, mas também expôs as profundas brechas na sociedade britânica.

Defensores dizem que isso permite que a Grã-Bretanha controle a imigração e tire proveito das oportunidades globais, fechando novos acordos comerciais com os Estados Unidos e outros, mantendo ligações estreitas com a UE.

 

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