Principais economias da Europa podem se beneficiar de guerra comercial, diz Barclays
Para Christian Keller, head de pesquisa econômica do Barclays, França e Alemanha podem surgir como grandes vencedores da escalada das tensões comerciais entre China e EUA.
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“Nossa comparação com a estrutura de importações da China com os principais parceiros comerciais revela que França, Alemanha e Reino Unido são as “proxies dos EUA” mais próximas em termos de relativa descomposição setorial de suas exportações à China”, afirma a instituição britânica, segundo a CNBC.
Neste sentido, Keller destaca que espera que “estes países saiam como vencedores se a China optar por realizar suas compras em outros países”.
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Cenário-base
O novo cenário-base do Barclays assume a totalidade da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, panorama no qual os EUA imporão tarifas adicionais de 25% sobre todos os produtos chineses, com retaliação de Pequim.
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Caso o cenário se materialize, o comércio bilateral entre os dois países se reduzirá em cerca de 30%. “Assumindo que os líderes de mercado em cada setor se beneficiariam mais com uma redução de 30% nas exportações dos EUA, estimamos que a [Zona do Euro] poderia aumentar suas exportações para a China em 0,1% do PIB, particularmente no setor automotivo e, até certo ponto, nos produtos químicos”, avalia o Barclays.
Por fim, o banco britânico destacou que as negociações entre EUA e Zona do Euro podem ser estremecidas, o que poderá facilitar um maior fluxo comercial entre o velho continente e a China.