Commodities

Preço do petróleo recua, mas segue perto de máxima em três semanas

19 out 2017, 12:20 - atualizado em 05 nov 2017, 13:53

Por Investing.com Brasil

Preços do petróleo permaneciam próximos a seus níveis mais fortes em torno de três semanas nesta quinta-feira, sustentados por crescentes indicações de que o mercado estaria começando a se reequilibrar.

Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) recuavam US$ 0,73, ou cerca de 1,4%, e eram negociados a US$ 51,30 o barril às 10h05, recuando em relação à máxima de US$ 52,37, máxima de três semanas atingida no início dessa semana.

Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuavam US$ 0,83, ou cerca de 1,3%, para US$ 57,33 o barril. Na última sessão, atingiram US$ 58,54, seu melhor nível desde 28 de setembro.

Os preços do petróleo encerraram a quarta sessão seguida em alta na quarta-feira, já que investidores assimilavam os dados semanais dos estoques da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês).

Os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 5,7 milhões de barris, de acordo com a EIA, marcando a quarta semana seguida de diminuição. Entretanto, os estoques de gasolina tiveram aumento de 900.000 barris na semana, ao passo que estoques de destilados tiveram aumento de 500.000 barris.

O relatório também mostrou que a produção doméstica de petróleo teve redução de 11% em comparação a semana anterior e chegou a 8,4 milhões, já que a produção teve que ser interrompida devido ao furacão Nate, que atingiu a costa do Golfo do México nos EUA no início de outubro.

Os preços receberam ainda mais impulso em meio a expectativas de que grandes produtores mundiais estenderão o pacto de cortes na produção além de sua data final atual, que seria o próximo mês de março.

O acordo original, realizado há quase um ano entre a OPEP e outros 10 países externos à organização liderados pela Rússia, era de cortar 1,8 milhão de barris de petróleo por dia durante seis meses. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.

Além disso, investidores de petróleo continuavam a monitorar desdobramentos geopolíticos na região do Curdistão no Iraque, na qual forças iraquianas nesta semana tomaram o controle na cidade de Kirkuk, rica e petróleo e que estava sob domínio curdo.

O confronto aconteceu após um referendo no qual os curdos, que governam a região semiautônoma no norte do Iraque, terem decidido por ampla maioria pela independência no mês passado, desafiando Bagdá, potências regionais e os EUA, levando a temores de interrupções no abastecimento.

Soma-se a essas tensões o fato de que Donald Trump, presidente norte-americano, se recusou na semana passada a certificar a conformidade do Irã com um acordo nuclear, dando um prazo de 60 dias ao Congresso para decidir quanto a mais ações contra Teerã.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina recuam US$ 0,0187 para US$ 1,6323 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimentocediam 1,5% , com o galão negociado a US$ 1,742.

Contratos futuros de gás natural avançavam US$ 0,005 para US$ 2,859 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previstos para o final do dia.

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