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Magazine Luiza (MGLU3) vira o jogo e fecha 1T24 no lucro; ‘Estamos trabalhando para bater mercado’, diz diretora de RI

09 maio 2024, 18:49 - atualizado em 09 maio 2024, 19:13
Magazine Luiza
“Estamos trabalhando para bater as expectativas do mercado”, afirma a diretora de RI do Magazine Luiza, Vanessa Rossini, em entrevista ao Money Times (Imagem: Divulgação)

O Magazine Luiza (MGLU3) encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 29,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 391,2 milhões do mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (09).

A cifra ficou acima das expectativas de analistas da Genial, por exemplo, que esperavam lucro de R$ 19 milhões.

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Dessa forma, a varejista, que engatou uma sequência de trimestres seguidos de prejuízo, consolida o momento de recuperação operacional, apesar do número ainda negativo dos papéis na bolsa.

“É um começo de ano com resultado operacional saudável, capital de giro em um patamar bom, geração de caixa positivo, lucro líquido. Começamos o ano em ritmo positivo. Estamos trabalhando para bater as expectativas do mercado”, afirma a diretora de RI do Magazine Luiza, Vanessa Rossini, em entrevista ao Money Times.

No release, a empresa explica que a melhora se deve à eficiência operacional e à significativa diluição das despesas financeiras.

O Ebitda, que mede o resultado operacional, disparou 111,3%, a R$ 684 milhões, enquanto a margem Ebitda somou 7,4%, a maior em quatro anos.

Já o Ebitda ajustado também subiu, embora em menor ritmo. O indicador somou R$ 687 milhões, alta de 53,5%. Segundo Rossini, trata-se de uma expansão histórica, já que o primeiro trimestre, sazonalmente, é mais fraco devido ao pagamento de fornecedores.

“Essa expressiva evolução ocorreu em função do aumento da margem bruta de mercadorias e da contribuição da receita de serviços, incluindo o marketplace. Nesse trimestre, a expansão da margem bruta foi 2,6 pontos percentuais, muito acima da variação das despesas operacionais”, explica a empresa.

A receita líquida ficou estável em R$ 9,2 bilhões, alta de 1,9%, por outro lado.

Nos últimos 12 meses, a geração de caixa operacional atingiu R$ 2,7 bilhões, mais que o dobro do total registrado no ano anterior.

“Essa evolução está relacionada à significativa melhora no desempenho operacional do período e na evolução do capital de giro. Apenas no primeiro trimestre de 2024, o capital de giro apresentou uma melhora de R$2,1 bilhões em relação ao 1T23”, explica a empresa no release.

E-commerce estável

No trimestre, as vendas totais do Magalu cresceram 3,1%, reflexo do aumento de 1,3% no e-commerce total e pelo crescimento de 8% nas lojas físicas.

Apesar disso, houve uma queda de 1,3 ponto percentual na participação do e-commerce nas vendas totais, 71,5%. Mesmo assim, Vanessa destaca que essas oscilações são normais.

“A gente não tem nenhuma meta nesse canal. Se for olhar desde 2020, o e-commerce roda a 70%. Nos somos muito agnósticos nas vendas de cada canal”, explica.

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Nesse segmento, menção especial para o markeplace, que atingiu 41% das vendas online, com crescimento de 6,4% ante o ano passado (e alta médio anual de 39,3% em quatro anos).

“Esse crescimento foi impulsionado pela performance do app, com 48,5 milhões de usuários ativos mensais, além da entrega mais rápida para 1P e 3P, a evolução da base de sellers e das novas categorias”.

Por outro lado, com estoque próprio (1P), as vendas caíram 2%.

Varejo físico é destaque

Mas se o e-commerce se estabilizou, o varejo físico brilhou e voltou a ser um destaque da varejista. No critério mesmas lojas, o crescimento atingiu 9%. Com isso, o Magalu expandiu sua participação de mercado em 0,7 p.p no trimestre.

A companhia encerrou o período com 1.263 lojas, sendo 1.026 convencionais e 237 virtuais. A companhia fechou 23 lojas convencionais, por outro lado.

“A loja física continua como super destaque. E cresce com rentabilidade e ganhando Market Share. Vemos a loja física retomando o crescimento de forma muito saudável, sem precisar reduzir preços e diminuir as margens”, explica.

Questionada como as chuvas no Rio Grande do Sul afetam a operação do Magazine Luiza, Vanessa explica que a varejista possui 107 lojas no sul, sendo que dessas, sete estão fechadas. “Para a operação em si, nada material. O centro operacional também continua operando. O foco é cuidar das pessoas”, destaca.

Taxas de juros VS Magazine Luiza

Vanessa afirmou que, por hora, a desaceleração da queda dos juros não afeta o planejamento da companhia. Na última quarta, o Banco Central reduziu o tamanho do corte das taxas de 0,50 ponto percentual para 0,25 ponto percentual.

“Versus o que a gente teve lá atrás de uma taxa Selic de 13%, essa desaceleração vai impactar muito pouco. Ela está em um patamar bem menor do que foi lá atrás e no final do ano talvez esteja menor, em 9,5%”, afirma.

Além disso, a diretora frisa que tanto no quarto trimestre quanto no primeiro, mesmo com esse patamar de juros, a empresa conseguiu entregar resultados, fruto dos ajustes que o Magazine Luiza realizou nos últimos dois anos.

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Durante a divulgação do segundo trimestre de 2023, a empresa fez questão de destacar o quanto de economia o corte da Selic gera por ano para as operações da varejista.

Segundo a companhia na época, cada ponto percentual de redução da Selic traz uma economia anual de mais de R$ 150 milhões.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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