O mercado financeiro brasileiro está otimista e pessimista
Os investidores do mercado financeiro brasileiro parecem estar otimistas e pessimistas ao mesmo tempo. É isso que revela um levantamento realizado nesta terça-feira (10) pelo especialista em ações da Inversa Publicações, Felipe Paletta.
No gráfico abaixo dá para ver claramente, em vermelho, a visão negativa dos investidores sobre aquelas ações consideradas “cíclicas domésticas”, mais ligadas ao consumo interno. Já em verde estão os papeis de grandes bancos e siderúrgicas.
Por que isso está acontecendo? É uma falta de fé na recuperação do varejo do país?
Paletta cita três responsáveis para este “descolamento” nas últimas semanas, que deram um gás para o lado verde do gráfico:
1 – Uma indicação do Banco Central em reduzir o compulsório dos bancos – percentual dos recursos que não pode ser emprestado – destravou valor para as ações, que até então vinham frustrando os ajustes de metas das instituições desde o início do ano. (lado verde do gráfico)
2 – A “trégua” na guerra comercial, além dos anúncios de impulsos ao sistema financeiro chinês, impulsionaram as commodities. (lado verde do gráfico)
3 – Por fim, atuação do Banco Central no câmbio, aparentemente com o foco à exportação, ajudou novamente ao setor de commodities.
“Parece que o Banco Central identificou a deficiência de fluxo cambial e tem se utilizado das vendas à vista de dólar para atender parcialmente à demanda, enquanto mantém a estratégia de casá-la com a oferta dos swaps reversos”, explica o especialista.
Segundo ele, isso pode indicar uma tendência do governo a, neste momento, tentar beneficiar as exportadoras para impulsionar a economia no curto prazo, enquanto o efeito da queda de juros, conhecidamente mais lento, não faz o seu papel de reacender o consumo.
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