Economia

Neve na decolagem: Estagnação econômica passa a ser predominante, diz Fator

02 jul 2019, 19:24 - atualizado em 02 jul 2019, 19:24
Estagnação começa a se tornar possível cenário-base (Imagem: Negative Space)

“A perspectiva de estagnação da atividade econômica no segundo trimestre, de resto já assumida pelo BCB, passa a ser predominante”. A avaliação é de José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, e evidencia a preocupação em torno de possível estagnação no segundo semestre, “confirmando a interrupção da frágil recuperação verificada em 2018”.

Para o Fator, a forte alta da produção industrial na relação anual de 7,2% foi provocada pela fraca base de comparação em maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Por outro lado, a tendência é de recuperação.

“Deste modo, retirando o resultado negativo do ano passado e acrescentando alta deste ano, a produção acumulada em dose meses reverteu a contração de 1,1% de abril, retornando para a estabilidade”, aponta o banco Fator, destacando “o primeiro avanço nesta comparação, cujo desempenho desacelera desde julho de 2018, quando crescia 3,3%”.

Mineradoras e duráveis

Dentre os subsetores, a indústria mineradora registrou a maior queda, de 18,3%, “ainda sob o efeito do rompimento da barragem de Brumadinho sobre o nível de produção deste setor”.

Dentro da indústria de transformação, as maiores altas – na base anual – foram vistas em bens duráveis e bens de capital, com avanços respectivos de 28,1% e 22,2%. “O segmento de bens de consumo duráveis, foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis, de 39,9%”, avalia o economista-chefe do Banco Fator.

O panorama para os dados industriais de junho permanece relativamente nebuloso. “O resultado de maio, apesar da forte alta interanual, continua indicando que a indústria irá encerrar o segundo trimestre de 2019 no negativo”, avalia José Francisco de Lima Gonçalves.

 

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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