Não é somente a Oi que deverá se beneficiar da Lei das Teles, avalia Bradesco BBI
“Reiteremos nossa visão otimista com as ações da Oi (OIBR3; OIBR4)”. A afirmação permeia relatório do Bradesco BBI sobre a nova lei de telecomunicações aprovada no Senado, criando nova estrutura regulatória no setor.
Para os analistas Fred Mendes e Flavia Meirelles, “a reforma deve beneficiar muito a Oi, bem como o setor de telecomunicações em geral, incluindo Telefônica Brasil (VIVT4), Claro e Tim (TIMP3)”.
A instituição financeira avalia que a mudança reduz as incertezas no setor, não somente pela migração do regime de concessão para autorização, mas também por “permitir renovações de concessão”.
“No geral, vemos a aprovação final da reforma das telecomunicações como marco importante no setor”, pondera o Bradesco BBI, por abrir espaço para consolidação no mercado, “mesmo durante os 12 a 18 meses em que a Anatel precisará realizar as alterações introduzidas pelo novo quadro regulamentar”.
Maior eficiência
Para o Credit Suisse, a Lei das Teles remove riscos legais e permite maior eficiência no setor de telecomunicações. “Os ganhos operacionais serão vistos mais no longo prazo e podem ser compensados pelo capex (plano de investimentos)”, afirma o analista Daniel Federle.
“Uma operação de M&A (Fusões e Aquisições) envolvendo a Oi começa a se tornar mais provável”, afirma o banco.
Tim e Oi?
“A Oi é um ativo estratégico para os investidores que desejam entrar ou expandir a sua presença no mercado brasileiro de telecomunicações”, afirma o BTG Pactual em relatório enviado a clientes na última quarta-feira (10).
Os analistas Carlos Sequeira, Bernardo Teixeira e Osni Carfi acreditam que, devido as suas “ultra-sinérgicas” redes e serviços, uma fusão entre a Oi e a Tim tem sido especulada há muito tempo.