Comprar ou vender?

Magazine Luiza: Via Varejo já era; briga agora é com Mercado Livre e B2W

19 nov 2019, 16:37 - atualizado em 19 nov 2019, 16:37
Luiza, avatar do Magazine Luiza
Moderninha: Magazine Luiza precisa completar transição para o mundo virtual (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza/Facebook)

O Magazine Luiza (MGLU3) não deve mais se preocupar (e nem precisa) com a Via Varejo (VVAR3), dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, e que retornou recentemente ao controle dos Klein, a família que a fundou. Se quiser, realmente, impressionar os investidores, sua briga agora deve ser com o Mercado Livre e a B2W (BTOW3) – as líderes do varejo online no Brasil.

A avaliação é do banco de investimentos Goldman Sachs, que iniciou a cobertura dos papéis da companhia com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 55 para o fim de 12 meses. Se alcançado, o valor representará uma alta de 22,3% sobre o fechamento desta segunda-feira (18).

“Acreditamos que a companhia está em processo de se transformar, com sucesso, de uma varejista de bens duráveis baseada em lojas físicas, para uma varejista que opera em todos os canais, com uma presença considerável no e-commerce em várias subcategorias [de produtos]”, afirma o relatório do Goldman Sachs divulgado nesta terça-feira (19).

Gráfico do Magazine Luiza
Fonte: Goldman Sachs

Segundo o banco, o Magazine Luiza encerrará 2019 como o terceiro maior varejista online do país, com uma fatia de 14% desse mercado, bem acima dos 5% com que contava em 2014.

“Esse é o resultado do crescimento consistente em suas operações online 1P [venda direta], em paralelo à rápida escalada de seu marketplace”, diz a instituição.

Melhor de dois

Para o Goldman, o Magazine Luiza está no melhor de dois mundos. De um lado, a companhia conta com uma sólida operação física, com possibilidade para seguir crescendo.

O banco enxerga espaço para a varejista abrir cerca de 100 lojas por ano, nos próximos três anos, cobrindo sobretudo as regiões Norte e Nordeste, onde sua presença é mais fraca.

Mas a grande expectativa do Goldman Sachs é a consolidação da companhia como uma líder do comércio eletrônico brasileiro. É verdade que a Via Varejo, sua rival direta na venda de eletroeletrônicos no mundo real, já está bem atrás no mundo virtual – o banco estima que a empresa da família Klein termine 2019 com uma fatia de 7% nesse mercado, a metade do estimado para o Magazine Luiza.

mercado livre
Novos alvos: Mercado Livre, que lidera o e-commerce no Brasil, é o rival a ser batido (Imagem: Money Times)

A atenção dos analistas, porém, deve se concentrar na disputa da varejista com as líderes do varejo online – o Mercado Livre, com 32%, e a B2W, com 20%. O Goldman Sachs estima que bastará dois anos para que o Magazine Luiza alcance a vice-liderança. Para isso, o banco projeta um recuo da B2W para 18% de share, e um crescimento constante da rival até 2021.

Segundo os analistas, um trunfo da empresa para ganhar essa briga é, justamente, sua estrutura física. O banco lembra que, nos últimos anos, um foco fundamental da gestão foi melhorar sua estrutura logística, implantando 17 centros de distribuição para atender sua rede de quase 1 mil lojas, além de investimentos em tecnologia e processos digitais.

Veja a íntegra do relatório do Goldman Sachs.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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