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Lucro da Hering cai 34,9% no segundo trimestre

27 jul 2018, 9:21 - atualizado em 27 jul 2018, 9:48

A Hering (HGTX3) teve um segundo trimestre de 2018 mais apertado do que o desejado, de acordo com a última apresentação de resultados divulgada nesta sexta-feira (27). O lucro líquido foi de R$ 57,286 milhões, um declínio de 34,9% em relação ao ano passado. De acordo com o relatório, o que causou isso foi um menor volume de vendas, o que pressionou a diluição de custos fixos e produtividade.

Mas não foi só o lucro que tropeçou: a receita líquida caiu 10,8%, e o número de vendas nas “mesmas lojas”, que remete a lojas operadas há mais de um ano (SSS, Same-store sales) teve uma leve queda de 2,3%. A Hering diz que o acúmulo de eventos extraordinários impactaram as vendas, incluindo as altas temperaturas em abril e maio, a greve dos caminhoneiros e os jogos da Copa do Mundo.

A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda atingiu  R$ 58 milhões, representando uma queda de 20,9% em relação ao trimestre do ano passado, enquanto a margem Ebitda chegou a 16%, um declínio de 2,1 pontos percentuais. Isso tem relação direta com a retração de 14,7% do lucro bruto da companhia e com o reconhecimento de R$ 4,2 milhões referente à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS.

Avaliação

“Como esperado, o período foi impactado por temperaturas acima da média em abril e maio, especialmente nas regiões Sul e Sudeste (de onde vêm 80% das receitas) e dois eventos não recorrentes: a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo”, destacam os analistas Fabio Monteiro e Luiz Guanais do BTG Pactual.

O banco, que tem recomendação neutra e preço-alvo de R$ 26, diz que vai acompanhar de perto os próximos passos da estratégia digital e multicanal da empresa – que tem uma boa chance de sucesso – e esperar por sinais de recuperação sustentáveis antes de se tornar mais positivo no nome.

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