Lua de mel de Jair Bolsonaro com o mercado acabou, diz Ashmore
A lua de mel do presidente Jair Bolsonaro com o mercado acabou. É assim que começa uma análise da gestora especializada em mercados emergentes Ashmore, obtida pelo Money Times, e divulgada nesta segunda-feira (25).
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O analista Jan Dehn, que assina o documento, lembra que o país passa por um elevado ruído político à medida que a batalha pela reforma previdenciária entra em ação. “A reforma é uma peça crítica que determinará se a trajetória fiscal do Brasil se tornará sustentável ou não”, diz.
Ele estima que a trajetória para a aprovação, esperada para o 3º trimestre, seja caracterizada por níveis elevados de turbulência.
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“A semana passada ilustrou este ponto perfeitamente e mostrou como os mercados reagiram com grande volatilidade a quase todos os desenvolvimentos políticos”, ressalta.
Veja os três principais citados por Dehn:
1 – Temer preso: o fato deu origem ao medo de que outros membros do Congresso possam ser vulneráveis a processos judiciais, dificultando a reforma previdenciária.
2 – Reforma dos militares: os mercados observaram que o governo teve de conceder benefícios significativos aos militares, a fim de obter o apoio necessário para esta reforma, dando origem a receios de diluição da principal reforma.
3 – Guerra de palavras: Rodrigo Maia pediu uma liderança mais decisiva de Bolsonaro. “Os mercados estão preocupados que talvez as habilidades políticas de Bolsonaro não sejam maiores do que a capacidade de ser eleito”, conclui o gestor.
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