Klabin opera em alta com aporte de R$ 9,1 bilhões para ampliar produção
As ações da Klabin (KLBN11) operam com valorização de 1,19% a R$ 16,18 nos primeiros negócios da manhã desta quarta-feira (17) na bolsa paulista.
Na noite de ontem, fabricante de papel e celulose anunciou que aprovou a expansão de capacidade no segmento de papéis para embalagem, o projeto Puma II, que vai consumir investimentos de R$ 9,1 bilhões até 2023.
O projeto abrange a construção de duas máquinas de papel, com produção de celulose integrada, na unidade na cidade paranaense de Ortigueira.
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Segundo a companhia, a capacidade total das máquinas será de 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner. Na Unidade Puma, a Klabin já produz celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.
O Puma II será dividido em duas etapas. A primeira envolve a construção de uma linha de fibras para produzir celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel Kraftliner e Kraftliner Branco, que serão comercializados sob a marca Eukaliner, com capacidade de 450 mil toneladas anuais.
A segunda etapa do projeto contempla a construção de uma linha de fibras complementar integrada a uma máquina de papel Kraftliner com capacidade de 470 mil toneladas anuais e expansão de algumas estruturas de apoio.
Para a Mirae Asset, no geral o anúncio veio dento do que já havia sido sinalizado pela Klabin e deverá estar pronto num momento em que se espera que a economia esteja mais forte e com capacidade de absorver essa nova oferta de Kraftliner.
Para os analistas, isso em dúvida irá gerar crescimento de Ebitda e de resultado para a empresa, além de um novo patamar de preço alvo pelo mercado. A expectativa da corretora é que o resultado do 1T19, ainda seja fraco em relação ao mercado interno e neutralizado pelas exportações de celulose/variação cambial.
Eles destacam que a economia ainda segue engessada em virtude da espera da reforma da previdência, por isso esperam por melhores resultados a partir do segundo semestre de 2019 e continuam recomendando a compra.
A Coinvalores, avalia que, fazendo um exercício rápido, considerando o desembolso projetado pela Klabin e um nível relativamente estável de geração de caixa nos próximos anos, a alavancagem da companhia vai subir com o capex do Puma II, mas deve ficar abaixo do patamar de quando a companhia estava investindo no projeto Puma I.