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João Hazim: nossa visão de futuro com o surgimento das dapps

04 fev 2020, 13:30 - atualizado em 28 out 2020, 23:09
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Próximo passo: de onde partimos e para onde estamos indo? (Imagem: Freepik/rawpixel)

Depois de compreendermos a Ethereum através de um outro ponto de vista — aceitando o bitcoin como a principal aplicação financeira descentralizada de todo o mercado cripto —, conhecemos as utilidades do seu token (o Ether) e seus principais atributos.

O próximo passo, no nosso entendimento, é esmiuçar, com mais detalhes, a principal função desse blockchain: a criação de aplicações descentralizadas. Já falamos sobre isso nos dois textos anteriores, mas agora é hora de explorar a profundidade desse universo e suas principais possibilidades.

Um pouco sobre o surgimento das dapps e sobre como nos tornamos dependentes dessas ferramentas

Hoje, estamos rodeados por milhares de aplicações que têm como objetivo, em sua maioria, facilitar as nossas vidas, nos mantendo mais produtivos e conectados.

Por exemplo, se precisamos nos locomover de um ponto a outro, utilizamos o Uber. Se queremos chamar um táxi, utilizamos outro aplicativo que nos permitirá encontrar o táxi mais próximo.

Da mesma forma, temos a Netflix em nossa televisões, que nos permite assistir a filmes, documentários ou séries de nossa preferência. Também temos as redes sociais em nossos telefones celulares, que nos ajudam a saber como estão nossos amigos e familiares, praticamente em tempo real.

Tudo isso é muito bom, não é mesmo? Essas comodidades vieram pra ficar e são bem-vindas, especialmente se utilizadas com moderação.

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Se os criadores de conteúdo são fundamentais para o funcionamento desses negócios, não seria justo que recebessem algo em troca do tempo que dedicam a eles? (Imagem: Freekpik)

De que maneira as dapps são uma evolução, quando comparadas aos apps?

Uma característica comum entre as ferramentas citadas no tópico anterior é que todas possuem donos, os intermediários, que tornam todos esses serviços mais caros para quem paga e os torna menos rentáveis para quem presta. Isso faz com que alguns deles se tornem financeiramente insustentáveis com o passar do tempo.

Uber e Netflix, por exemplo, são financeiramente deficitários e enfrentam muitas dificuldades para mudar essa situação. Redes sociais, como o Facebook, são extremamente lucrativas, mas quem ganha é só o dono da plataforma.

Se os criadores de conteúdo são fundamentais para o funcionamento desses negócios, não seria justo que recebessem algo em troca do tempo que dedicam a eles? Falta equilíbrio nessa equação!

Identificados esses problemas, e graças ao surgimento da tecnologia blockchain, estão surgindo aplicativos similares a todos esses citados acima, mas que funcionam de maneira a equilibrar a relação entre todas as partes envolvidas. Esse é o poder da descentralização.

Aqui, estamos falando do fim do “julgamento moral”, afinal existem regras de funcionamento, pré-definidas por “smart contracts“, que não fazem nenhuma distinção entre aqueles que fazem uso de uma dApp, seja para usar ou prestar um serviço. As possibilidades são iguais para todos.

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Redes sociais são super presentes na vida de praticamente todas as pessoas, então há espaço para que novas redes sociais descentralizadas sejam criadas e se tornem ainda mais interessantes e relevantes que as tradicionais (Imagem: Freepik)

Em que áreas enxergamos maior potencial para as dapps?

Nós, da EscolaCripto, pensamos que a popularização das dApps pode vir em três áreas de negócios.

A primeira delas e que, de certa forma, é consenso entre os membros da comunidade, é a financeira — apelidada de DeFi (Finança Descentralizada).

Muitos, inclusive, apostam que o próximo bull run (mercado de alta) acontecerá por conta da popularização dessas aplicações. Já existem ferramentas desse tipo funcionando, com usuários ativos, mas que ainda não caíram “no gosto popular”.

Isso deve levar um tempo já que, antes de saber usá-las, é fundamental entender todos os conceitos básicos desse mercado, e achamos que isso ainda está um pouco longe de acontecer.

A segunda área de negócio, propícia à criação de dApps, é a social. Redes sociais são super presentes na vida de praticamente todas as pessoas — muitos vivem mais a vida nas redes sociais do que a vida real.

Acreditamos que, quando essas pessoas compreenderem que podem ser remuneradas para fazer o que já fazem de graça, esse mercado pode explodir. Além disso, existem todas as questões morais e de privacidade que fazem com que redes sociais descentralizadas se tornem ainda mais interessantes e relevantes.

Por fim, mas não menos importante, acreditamos muito no surgimento de dApps voltadas para o mercado de games. Trata-se de um mercado mais restrito, que não interessa a todas as idades, mas que está crescendo demais com o surgimento de novas tecnologias, como a da realidade aumentada.

Pode parecer brincadeira, mas estamos falando de um mercado de trilhões de dólares e que agora está se profissionalizando através da criação de uma “nova categoria esportiva”, denominada eSports. Videogame virou “business” de verdade.

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É necessário aderir a essas novas plataformas para que, cada vez mais, sejam melhor desenvolvidas e mais propagadas (Imagem: Freepik)

Como avançar com essas novidades?

Acreditamos ser fundamental falar da usabilidade dessas aplicações, de todas elas. Mais do que falar, na verdade, TEMOS QUE USÁ-LAS, dar chance para essas plataformas.

Nós, como EscolaCripto, fazemos uso de muitas novidades e estamos comprometidos em divulgá-las à comunidade para facilitar o uso, que nem sempre é simples.

Já fazemos isso desde 2019 mas, neste ano de 2020, faremos com mais intensidade e profissionalismo, seja compartilhando ideias em nossos canais (inclusive os descentralizados, como a COS.TV) ou até na criação de tutoriais em vídeo mostrando nossas descobertas e ensinando a usá-las da melhor forma possível.

Nos acompanhem de perto para ficar por dentro de tudo isso. Temos nosso canal no Telegram, onde passamos o dia trocando ideias com nossos membros. Estamos também no Youtube, Instagram, Facebook, LinkedIn e Cos.TV. Estamos em praticamente todos os lugares onde é possível estar!

João Hazim é administrador e especialista em varejo de bens e serviços. Nascido em Florianópolis é, desde sempre, um heavy user de assuntos e produtos ligados à tecnologia. Desde 2017, está envolvido em projetos ligados a criptoativos e blockchain por enxergar muito valor nesse mercado. É cofundador de projetos como o Criptotermos e a EscolaCripto.

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