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JBS sobe após voltar a dar lucro, mas com resultado fica abaixo do esperado

29 mar 2019, 10:54 - atualizado em 29 mar 2019, 11:02
Ações da Empresa operam com alta de 1,60%  (Foto: Money Times)

Por Investing.com

Nos primeiros negócios da manhã desta sexta-feira, as ações da JBS (JBSS3) operam com alta de 1,60% a R$ 15,72, depois de divulgar o balanço do quarto trimestre na noite de ontem. A companhia reportou retomou a lucratividade no quarto trimestre, embora o resultado tenha vindo bem abaixo do estimado por analistas, em parte devido a vendas decepcionantes de seus negócios de carne suína nos Estados Unidos.

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Maior produtora de carnes do mundo, a JBS anunciou lucro líquido de 563,2 milhões de reais no período, ante prejuízo de 451,7 milhões de reais um ano antes e do resultado também negativo de 133,5 milhões de reais no trimestre imediatamente anterior.

 

A projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, porém, apontava para lucro de 1,767 bilhão de reais.

A receita líquida da JBS no trimestre, de 47,3 bilhões de reais, foi 10,7 por cento maior em um ano, mas caiu 4,2 por cento na comparação sequencial. O faturamento da JBS Brasil avançou 19,5 por cento. Mas o da unidade JBS USA Pork cresceu apenas 3 por cento em reais e caiu 12,2 por cento em dólares, enquanto a margem Ebitda encolheu 3,3 pontos.

JBS
A receita liquida da empresa ficou R$ 47,3 bilhões

Na visão da Mirae Asset, os números ficaram abaixo do esperado, mas lado positivo foi o aumento do fluxo de caixa livre. A equipe acredita que as ações possam reagir negativamente, uma vez que o resultado não surpreendeu. Eles são otimistas com o setor de carnes no mercado interno, mas esperam uma reação somente no 2S19 e para 2020. No 1S19, ainda esperam por volumes fracos no mercado interno e margens no mesmo patamar. A recomendação é neutra.

O BTG Pactual (BPAC11) manteve a recomendação de compra, mesmo avaliando que os números não foram tão bom quanto esperados. Os analistas esperam pelos próximos capítulos, especialmente pelo tradeoff entre maior desalavancagem e a retomada do crescimento via fusões e aquisições; retomada do IPO nos EUA; os resultados finais de investigações internas; as oportunidades decorrentes do surto de PSA na China.