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Mercado vê “Nova JBS” mais perto e recomenda compra das ações

29 mar 2019, 9:30 - atualizado em 29 mar 2019, 10:58
A empresa fechou o quarto trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 563,2 milhões, importante reversão frente ao prejuízo de R$ 451,7 milhões (Foto: Money Times)

Os resultados de 2018 da JBS (JBSS3), divulgados na quinta-feira (29) à noite, foram recebidos com um otimismo contido pelo mercado. Ainda assim, os analistas recomendam a compra das ações do frigorífico em um investimento baseado na visão de que uma “Nova JBS”, desalavancada e fora de escândalos, possa emergir e entregar uma rentabilidade maior.

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Esta é a expectativa, por exemplo, do BTG Pactual. Os analistas Thiago Duarte Henrique Brustolin dizem em um relatório, publicado após o balanço, que planejam em breve revisar os números da empresa. Por enquanto, a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 15.

A empresa fechou o quarto trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 563,2 milhões, importante reversão frente ao prejuízo de R$ 451,7 milhões apresentado no mesmo período de 2017. No ano, o resultado ajustado foi de R$ 1,6 bilhão (que exclui o efeito da adesão ao Funrural, líquido de efeitos tributários), crescimento de 201%, e o reportado de R$ 25,2 milhões.

O Ebitda (indicador de desempenho operacional) atingiu R$ 3,4 bilhões no trimestre, uma evolução de 6,1% quando comparado ao mesmo período de 2017. Em 2018, o Ebitda ajustado foi de R$14,8 bilhões, 10,7% superior a 2017, com margem Ebitda estável em 8,2%.

O número operacional do trimestre veio 10% abaixo do estimado pelo BTG, além de uma margem reduzida de 7,2%. O lucro líquido também ficou menor do que o esperado, principalmente pelo pouco efeito do real mais forte na linha financeira.

A boa notícia veio da geração de caixa livre, explicam Duarte e Brustolin. Isso fez com que o endividamento (relação entre dívida líquida e Ebitda), em dólares, caísse para 3,01 vezes (de 3,38 vezes). Esta tendência está em linha com o desejo de chegar a aproximadamente 2 vezes em 2019.

Joesley
A maior transparência e gestão profissional estão entre os itens que podem criar a “Nova JBS”

O que vem por aí?

O BTG lembra que a atualização para compra da ação da JBS em 2018 baseou-se na visão de que a história da empresa finalmente alcançaria todo o seu potencial à medida que ela se beneficiasse dos ciclos positivos de proteínas na maioria das regiões, esperando que uma equipe de gerenciamento mais profissional e uma abordagem mais conservadora de alavancagem finalmente, resultasse em maior confiança do investidor (traduzido em múltiplos de negociação mais altos) e em um forte valor transferindo o potencial de dívida para capital, ressaltado por um rendimento de fluxo de caixa de dois dígitos.

“Após a recente subida do preço das ações, aguardamos com expectativa como a “nova” JBS lidará com alguns aspectos-chave do caso, a saber: (i) a troca entre maior desalavancagem e a retomada do crescimento via fusões e aquisições; a retomada do IPO nos EUA; resultados finais de investigações internas; oportunidades decorrentes do surto de Peste Suína Africana na China. Nós vemos estes pontos como chave para permitir que as ações vejam uma redução adicional de desconto em relação aos pares”, concluem.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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