BRF

Investir na BRF é como montar um cubo mágico, avalia Credit Suisse

08 fev 2018, 10:11 - atualizado em 08 fev 2018, 11:03

O investimento na BRF (BRFS3) é como tentar montar um cubo mágico, avalia o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (8).”O instigante e complexo caso da BRF nos recorda de um cubo mágico bem complicado, no contexto de um ambiente de negócios competitivo”, ressaltam os analistas Victor Saragiotto e Ian Miller.

O preço-alvo foi derrubado de R$ 37 para R$ 28, um potencial de desvalorização de 14%. A recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) foi reiterada.

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“Apesar do desempenho fraco das ações desde o nosso rebaixamento há 12 meses, acreditamos que o cenário ainda é adverso o suficiente para justificar nossa visão negativa sobre as ações. Vemos uma redução adicional nas estimativas de consenso já revisadas para baixo”, destacam.

Segundo eles, os principais problemas são:  o cenário dos custos – além dos grãos – continua sendo desafiador e o crescimento nas margens internacionais provavelmente será lento e a recuperação do mercado interno, também. Consequentemente, o CS cortou em 8% e 4% o Ebitda estimado para 2018 e 2019. Isso coloca o banco 14% e 16% abaixo das estimativas de consenso, respectivamente.

Cubo mágico

Segundo Saragiotto e Miller, ao rodar o “cubo mágico da BRF”, ele gera sete diferentes possíveis resultados para as ações. Sob o cenário cinzento, em que não é assumido uma melhora operacional, o preço-alvo vai a R$ 16,40. Isso representa uma queda de até 50%.

“Embora este seja um cenário extremo que não vejamos a materialização, fornece a conclusão de que, a preços atuais, as ações já incorporam resultados mais elevados, o que é provável, em nossa opinião, mas em uma magnitude muito menor e em um ritmo muito mais lento do que as expectativas do consenso”, destacam os analistas.

Eles ressaltam que alguns investidores têm esperado uma reversão do cenário, principalmente com a expectativa de que os menores preços dos grãos e que a recuperação econômica doméstica sejam pilares de um 2018 mais forte e consequente melhor precificação para os papéis. “Também construímos este cenário, mas ainda assim encontramos um potencial de desvalorização de 2% em relação aos níveis atuais”, explicam.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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