Incerteza eleitoral pesa sobre o Ibovespa

A indefinição sobre a corrida eleitoral está pesando sobre os mercados financeiros. O Ibovespa terminou esta sexta-feira (13) em queda de 1,3%, aos 84.4334 pontos, e o dólar avançou 0,53% para R$ 3,430. Nos EUA, o índice Dow Jones caiu 0,5% e o S&P 500 recuou 0,3% com o recrudescimento das tensões geopolíticas.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, durante uma reunião solicitada pela Rússia, que “a Guerra Fria voltou”. O país alertou de maneira direta os EUA que um ataque aéreo sobre a Síria ordenado por Washington pode desencadear a guerra.

Política

O Datafolha publica neste final de semana a primeira pesquisa eleitoral realizada após a prisão do ex-presidente Lula. Não se sabe ainda qual será a movimentação das peças no jogo eleitoral e a transferência de votos de Lula para outro candidato ainda não é sabida.  Segundo o Valor Econômico, o discurso de lideranças do PT começa a mudar, sinalizando até mesmo a possibilidade de abrir mão de uma candidatura própria para apoiar outro nome.

“Domesticamente, às vésperas da divulgação de pesquisa Datafolha sobre intenções de voto – a primeira após a prisão do ex-presidente Lula – a negativa leitura do mercado é que, diante de 19 nomes presidenciáveis, fique evidente para os agentes uma possível fragmentação de legendas consideradas favoráveis à agenda de reformas estruturais, que diluiriam votos e chances de alcançar o segundo turno”, avalia o BB Investimentos.

Um levantamento realizado pela XP Investimentos com investidores institucionais revela que o nome de Joaquim Barbosa tem ganhado espaço entre as preferências. Geraldo Alckmin aparece em primeiro (48%), seguido por Jair Bolsonaro (29%) e Barbosa (16%). O ex-presidente do STF é visto como um possível a ser apoiado pelo PT.

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No cenário corporativo, o principal destaque foi a Petrobras. As ações da estatal recuaram 2,2%, para R$ 21,20. A Vale, por sua vez, subiu 0,38%, a R$ 44,98. O Pão de Açúcar, que apresentou a sua prévia operacional do 1º trimestre de 2018, viu os seus papéis avançarem 3,5%, na contramão do mercado.

A Eletrobras (ELET3) caiu 0,3 sob indefinição acerca do processo de privatização da elétrica e a Embraer (EMBR3) registrou pequena variação positiva de 0,22% com os investidores aguardando definições sobre a fusão com a Boeing. A Cesp (CESP6) subiu 2,53% com a avaliação positiva sobre a renovação da concessão da usina Porto Primavera.