Comércio

Impulsionado pela Black Friday, varejo fecha novembro com alta superior a 4%

14 dez 2018, 16:36 - atualizado em 14 dez 2018, 16:36

Varejo

O mercado varejista brasileiro fechou com alta de 4,4% em novembro frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta sexta-feira (14). Na receita nominal, a alta registrada foi de 8,5%.

Pelo índice deflacionado, o aumento apontado pelo índice seria de 4,6%, aceleração de 2,2 pontos percentuais (p.p) comparado a outubro. Quanto ao ICVA nominal, o indicador subiria 8,8%, 2 p.p a mais que o mês anterior.

De acordo com Gabriel Mariotto, diretor de inteligência da Cielo, novembro apresentou o maior crescimento nominal de 2018, assim como foi o segundo maior mês em termos deflacionados. O diretor ainda destaca a participação da Black Friday para o setor: “A Black Friday vem cada vez mais se mostrando uma alavanca importante de vendas, principalmente nas vendas online, e surpreendeu positivamente este ano, mesmo quando comparada à mesma data do ano passado”, afirma.

Black Friday

Entre 22 e 25 de novembro, o varejo registrou uma receita nominal com alta de 11,2% em comparação ao mesmo período de 2017. Só pelo e-commerce, as vendas subiram 25,2%, reforçando a importância dessa atividade ao mercado.

“A cada ano, o ‘desafio estatístico’ de crescimento é maior, então é natural que os crescimentos viessem desacelerando. Mas em 2018 a Black Friday surpreendeu e cresceu mais que no ano passado”, revela Mariotto, que ainda acrescenta: “A data reforçou a tendência observada neste ano, do consumidor brasileiro priorizar as compras nas principais datas comemorativas do varejo”.

Inflação

O acumulado dos últimos 12 meses mais recente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 4,05%, o que corresponde a uma queda frente ao número registrado em outubro, de 4,56%. Os itens que mais impactaram esse quadro de desaceleração foram de Transportes, Vestuário e Habitação – ainda que o último grupo não traga impacto direto ao varejo.

Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado seguiu a mesma trajetória do mês de outubro e permaneceu em 3,9%,

Setores

Dentro de Bens duráveis e semiduráveis, o setor de Móveis, Eletro e Lojas de Departamento foi o que mais se destacou, impulsionado pelas vendas da Black Friday. Em Bens não duráveis, Supermercados e Livrarias/Papelarias impulsionaram o macrossetor. Os setores de Serviços, por outro lado, fecharam novembro estáveis, tendo Turismo e Transporte acelerado e Recreação e Alimentação em Bares e Restaurantes apresentado desaceleração no ritmo de crescimento.

Regiões

Sobre o ICVA deflacionado com ajuste de calendário, todas as regiões do Brasil tiveram aceleração, principalmente Norte e Centro-Oeste.

Com o calendário desajustado, o varejo em todas as regiões apresentaram alta. Norte subiu 9,5%, Sul, 7,3%, e Centro=Oeste, 6,1%. Os menores resultados vieram do Nordeste, com alta de 4,7%, e Sudeste, de 2,7%.

Pelo ICVA nominal, que desconsidera o desconto da inflação, as regiões também deram mostras de crescimento, tendo a região Norte mais uma vez registrado a maior alta, de 11,8%.Sul e Centro-Oeste vêm logo em seguida, com 9,9% e 9,4%, respectivamente. Por fim, Nordeste, com alta de 9,3%, e Sudeste, de 7,6.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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