Mercados

Ibovespa fecha em queda com Petrobras, mas termina novembro no azul

29 nov 2019, 18:17 - atualizado em 29 nov 2019, 18:56
O Ibovespa caiu 0,28%, a 107.988,26 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado particularmente pelo declínio das ações da Petrobras (PETR4) na esteira do recuo do petróleo no exterior, enquanto Via Varejo (VVAR4) foi destaque positivo em dia de Black Friday.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,28%, a 107.988,26 pontos, encerrando a semana com declínio de 0,65%, segundo dados preliminares. No mês, contudo, subiu 0,7%.

O volume financeiro nesta sexta-feira somava 12,3 bilhões de reais.

No exterior, prevaleceu a cautela, com a discórdia entre China e Estados Unidos sobre Hong Kong alimentando a ansiedade dos investidores sobre as negociações comerciais.

Wall Street fechou mais cedo, com o S&P 500 em queda de 0,4%.

O pregão na B3 ainda foi marcado por tradicionais ajustes de final de mês, com a próxima semana reservando a primeira prévia do Ibovespa para o começo de 2020.

Para o gestor Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos, apesar da fraqueza do Ibovespa no final do mês, a bolsa brasileira teve bom desempenho em novembro, se considerado o comportamento da taxa de câmbio e juros futuros.

No caso do câmbio, o dólar acumulou alta de 5,77% em novembro, maior alta mensal desde agosto de 2018 e a mais forte para o mês desde 2016.

Uma medida de risco na curva de juros – medida pela diferença entre os DIs janeiro 2025 e janeiro 2021 – saltou quase 30 pontos-base no mês, chegando a bater 1,89 ponto percentual, máxima do ano.

Foureaux destacou que o Brasil também sofreu com o ambiente mais tenso na América Latina, com protestos em vários países, bem como a continuidade de vendas por investidores estrangeiros, mas que o cenário ainda é favorável à frente.

“A taxa Selic pode ficar baixa por bastante tempo, o crescimento está começando a aparecer… Além disso, há ainda parcela significativa de recursos dos fundos que podem ser alocados em bolsa, que ainda está abaixo da média histórica.”

Ele também acrescentou que quando o cenário de crescimento se consolidar, o investidor estrangeiro pode voltar.

Dados sobre a participação de estrangeiros no mercado secundário brasileiro mostravam até o dia 27 saída líquida de 8,2 bilhões de reais em novembro, com o saldo no ano negativo em quase 40 bilhões de reais.

Fundos de investimento em ações brasileiras no exterior, porém, tiveram fluxo positivo de 401 milhões de dólares na semana até 27 de novembro, segundo dados compilados pelo Itaú BBA em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira,

No acumulado do ano, o fluxo para esses fundos está positivo em 1,07 bilhão de dólares.

Destaques

Petrobras (PETR4)  e Petrobras (PETR3) recuaram 1,29% e 1,23%, respectivamente, conforme os preços do petróleo recuaram cerca de 4% no mercado externo, com produção recorde da commodity nos EUA.

– Vale (VALE3) caiu 0,77%, acompanhando o movimento de suas pares na Europa dadas as preocupações com as negociações comerciais China-EUA.

– Bradesco (BBDC4) subiu 0,48%, reduzindo as perdas de uma semana marcada por forte noticiário sobre o setor bancário. Itaú Unibanco (ITUB4) fechou com acréscimo de 0,58%. BTG Pactual (BPAC11) ganhou 2,55%, ainda embalados pelas expectativas ligadas ao IPO da XP Investimentos.

– Via Varejo (VVAR3) valorizou-se 2,56%, em dia de Black Friday, na sétima alta consecutiva, encerrando o mês com elevação acumulada de 19,95%. No setor, B2W (BTOW3subiu 2,14%, mas Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,25%.

WEG (WEGE3teve ganho de 3,36%, para nova máxima histórica.

TIM (TIMP3caiu 2,73%, após fechar na véspera na máxima desde maio de 2018. A ação também aparece entre os maiores ganhos do Ibovespa no mês, com valorização de 18,56%.

– Gerdau (GGBR4) recuou 0,99%, em dia de ajustes, sendo a ação do Ibovespa que mais subiu em novembro (+26,9%). Usiminas (USIM5) fechou com elevação de 0,95%, tendo no radar novo aumento de preço a partir de janeiro.

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