Ibovespa beira estabilidade com notícias positivas sobre o Brexit; Cyrela salta 3,36%
O Ibovespa ensaiava a sétima alta consecutiva nesta quinta-feira, endossado pelo viés externo favorável, com noticiário corporativo colocando as ações de Cyrela (CYRE3) e B3 (B3SA3) entre as maiores altas.
Às 11:31, o Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, subia 0,03%, a 105.452,68 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 105.891,19 pontos. O volume financeiro somava 3,1 bilhões de reais.
“O Ibovespa entrou em tendência de alta no curto prazo, após superar a resistência de 104.800 pontos. O desafio do mercado será superar a máxima registrada em julho”, afirmou análise técnica do Itaú BBA.
O recorde de fechamento do Ibovespa foi registrado em 10 de julho, a 105.817,06 pontos. A máxima intradia histórica é daquela mesma sessão, quando chegou a 106.650,12 pontos.
Bolsas nos Estados Unidos e na Europa mostravam ganhos, seguindo notícias de que o Reino Unido e a União Europeia concordaram em um novo acordo para o Brexit, com a temporada de resultados no Hemisfério Norte também no radar. Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,6%.
Na visão da equipe da Ágora Investimentos, sem uma agenda doméstica relevante nesta sessão, a tendência é que o Ibovespa siga em trajetória positiva, desta vez amparado pelo ambiente internacional mais favorável.
O ambiente de juros em mínimas históricas no Brasil continua corroborando um ambiente mais favorável para o segmento acionário, tanto pelo efeito positivo nas empresas como pela potencial migração de recursos atrás de rendimentos maiores.
A equipe da corretora Planner chamou ainda a atenção para decisões importantes na pauta política na próxima semana, quando está prevista a votação da reforma da Previdência pelo plenário do Senado.
Também na próxima semana começa a safra de balanços de companhias brasileiras. A XP Investimentos disse que aguarda uma temporada relativamente fraca, citando um cenário ainda desafiador para a atividade econômica.
Destaques
Cyrela (CYRE3) subia 3,3%, após divulgar na véspera prévia operacional do terceiro trimestre, considerada forte por analistas, com as vendas crescendo 64,9% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto os lançamentos saltaram 93,6%.
B3 (B3SA3) tinha elevação de 1,8%, após decisão favorável no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) envolvendo ágio na incorporação da Bovespa, há cerca de uma década, num processo avaliado em cerca de 3,3 bilhões de reais.
Magazine Luiza (MGLU3) subia 2,7%, com o setor de varejo no azul, em meio a perspectivas de retomada do consumo. Via Varejo (VVAR3) avançava 2% e Lojas Renner (LREN3)valorizando-se 0,9%.
Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) caía 0,3%, após fortes ganhos na véspera, em sessão de fraqueza do setor elétrico.
Petrobras (PETR3;PETR4) cediam 0,3% e 0,5%, respectivamente, tendo de pano de fundo a queda dos preços do petróleo no mercado externo.
Banco do Brasil (BBAS3) cedia 0,3%, em sessão na qual será precificada oferta de ações secundária subsequente da instituição. No setor, Bradesco (BBDC4) perdia 0,6% e Itaú Unibanco (ITUB4) tinha decréscimo de 0,2%.
Vale (VALE3) cedia 0,2%, com os contratos futuros de referência do minério de ferro na China ampliando perdas nesta quinta-feira e tocando mínimas em sete semanas em meio a temores de que a demanda pela commodity possa sofrer mais impactos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.