Gustavo Kahil: O presidente do mercado é Paulo Guedes
Nota do editor: Eu já tenho uns 15 anos de mercado financeiro. Entrevistei muita gente, acredite, que se disse “o maior trader do Brasil”. Mas foi agora, há um ano, que de fato conheci o maior de todos eles: o Ivan Sant’Anna. Considerado um dos maiores do mundo e autor de diversos conteúdos aqui no Money Times, protagoniza um documentário que irá revelar os segredos do mercado financeiro. É IMPERDÍVEL! O filme é indicado a interessados no tema e investidores que querem insights para ganhar mais dinheiro. Para você acompanhar o trailer (que já está no ar) é só clicar aqui.
Olá, leitor do Money Times!
Eu pensei em dar outro título para este artigo. Ele seria: “O mercado não é de direita, ele é economista”. Não escolhi porque tentar entender o que é “direita” ou “esquerda” para os brasileiros nos últimos anos tem sido desafiador e um bocado chato.
Essa esquizofrenia ideológica, amplificada no Facebook e, claro, no Twitter, expulsa a lógica do debate que se passa em mini bolhas auto-infladas pelos dois lados. Os ativos financeiros, por sua vez, eles não se guiam por “pautas de costumes”. Tampouco são machistas ou feministas.
Eles são números, que por projeções futuras feitas por humanos, crescem ou caem conforme o que um outro tipo de humanos, os políticos, decidem fazer com o dinheiro de todos nós. Inclua-se aí a galera que está nas bolhas.
Dito isso tudo, agora vamos ao assunto: O meu presidente – e o do mercado – é o Paulo Guedes. Sabe por quê? Porque a pauta econômica, esta sim, influencia os ativos financeiros.
Isso importa? Sim, me arrisco a dizer que é o que realmente interessa ao Brasil. Se você ainda não acredita, leia este texto aqui e depois compartilhe com seus amigos.
Se o presidente eleito, Jair Bolsonaro, decide ser ativista no Twitter, para mim, tudo bem. Se ele não aprendeu com a faixa no peito, duvido que vá mudar agora. O ativismo de políticos que mais me aterroriza, e ao mercado, é aquele aventureiro na economia. Foi este o calcanhar de Aquiles dos opositores do capitão durante o período eleitoral.
Já Paulo Guedes, o presidente do mercado, este não está no Twitter. Parece que nem tem um. O próprio ministério da Economia posta poucas coisas. E isso é o melhor sinal de que estão olhando para o que realmente importa. É uma alegria sem tamanho a inexistência de ideias furadas de controle de preços, incentivos fiscais, ou todas as coisas que foram tentadas por muitos anos no Brasil e que não sobreviveriam à leitura do primeiro capítulo de qualquer livro de macroeconomia.
Povo. O mundo está fora do Twitter. E não existirá mundo sem a reforma da Previdência. E, se você se diz de esquerda porque é contra as novas regras, calma lá. Procure outro motivo para carregar essa bandeira. Isso só quer dizer que você não entendeu nada. Continue tentando e vá ser de “esquerda” ou de “direita” nos costumes.
Até a próxima!