Mercados

Guerra das Maquininhas: Ações da Cielo, PagSeguro, Linx e Stone derretem

18 abr 2019, 11:30 - atualizado em 18 abr 2019, 11:37
Às 11h15 (horário de Brasília), as ações da Cielo afundavam 8,65%, cotadas a R$ 8,13 (Imagem: Money Times)

As ações da Cielo (CIEL3), líder de meios de pagamentos no Brasil, despencam mais de 8% no pregão da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18), minimizando os ganhos do Ibovespa. Os papéis da empresa são influenciados após sofrer um novo duro golpe da concorrência.

Rede, do Itaú Unibanco (ITUB4), anunciou um movimento inédito ao zerar o custo de antecipação para os lojistas que venderem na modalidade de cartão de crédito à vista. Os valores serão depositados em dois dias.

Às 11h15 (horário de Brasília), as ações da Cielo afundavam 8,65%, cotadas a R$ 8,13, liderando as perdas da sessão. Em Nova York, os papéis da concorrente PagSeguro tombavam 8,60%, negociados a US$ 25,62, enquanto os da adversária Stone despencavam 18,65%, a US$ 28,26. A Linx (LINX3), que recentemente lançou a Linx Pay, despencam 14,44%, a R$ 30,24.

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“Assumindo que as transações à vista representem de 30 a 40% do volume total de crédito, a Cielo poderia ter seu lucro líquido de 2019 reduzido em 10-20%. A Stone deve ser mais impactada, uma vez que atua principalmente no mercado de PMEs (pequenos e médias empresas) e possui maior exposição relativa ao pré-pagamento em seus resultados”, destaca a XP Investimentos em um relatório enviado aos clientes nesta manhã.

Em Nova York, os papéis da PagSeguro tombam 8,60%, negociados a US$ 25,62

Para a equipe de análise, a iniciativa da Rede, apesar de agressiva, faz parte do processo de corte de preços pelo qual a indústria vem passando nos últimos seis meses.

“Continuamos cautelosos com a Cielo e os adquirentes puros em geral, uma vez que os grandes bancos têm espaço significativo para abrir mão de receita nesse segmento a fim de reter e atrair clientes SME para sua base”, conclui.

As condições valerão a partir de 2 de maio para atuais e novos clientes da Rede com faturamento na empresa de até R$ 30 milhões por ano.

“A nosso ver, a Cielo seguirá o exemplo no curto prazo e outros players tradicionais, como a Getnet, também devem considerar fazê-lo”, avalia o Credit Suisse em um relatório chamado de “O fim do pré-pagamento como o conhecemos”.

É improvável que a Stone passe por esta situação sem arranhões (Divulgação/Facebook)

A equipe de analistas ressalta ainda que, embora a Stone provavelmente tente evitar esse cenário, tentando preservar sua taxa de captação com serviços superiores, é improvável que ela passe por esta situação sem arranhões – seja por meio da perda de participação de mercado ou pela pressão das taxas cobradas dos lojistas.

“À luz da dinâmica competitiva do setor, entendemos que haverá pouca ou nenhuma compensação positiva das empresas para esse impacto no curto prazo, como os aumentos de taxas. Reiteramos, assim, nossa postura pessimista sobre o setor”, concluem.

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