Governador do Distrito Federal decreta estado de emergência na saúde
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assinou hoje (7) decreto em que declara emergência na saúde pública da capital federal.
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Na prática, a medida autoriza, por exemplo, a contratação de horas extras para profissionais da área, a convocação de concursados e a contratação de servidores que já haviam se aposentado e que desejam retornar ao trabalho. Os investimentos iniciais na área giram em torno de R$ 10 milhões.
Em entrevista, o governador explicou que a proposta é trabalhar em conjunto com a Secretaria de Obras, responsável pela reforma de salas de cirurgias e de quase mil leitos fechados por falta de condições de uso, além da revitalização de centros de saúde e hospitais. Já a Secretaria de Cidades, segundo ele, vai atuar na mobilização da população envolvendo temas como ampliar a cobertura vacinal no Distrito Federal.
Ainda de acordo com Ibaneis, a expectativa é que o decreto tenha, de fato, caráter emergencial e não se estenda por um período maior que seis meses – ao contrário do que aconteceu na gestão anterior, de Rodrigo Rollemberg. “É o prazo que temos para reorganizar toda a parte da saúde no Distrito Federal. Recurso não nos falta. O que nos falta é um choque de gestão, que o nosso secretário de Saúde está disposto a fazer e tem todo o meu apoio”, afirmou.
“A ideia é, no prazo mais rápido possível, a gente diminuir a níveis consideráveis a fila de cirurgias”, disse, ao destacar que quase 18 mil pacientes aguardam para a realização de cirurgias ortopédicas na rede pública.
Levantamento
Dados recentes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostram unidades de saúde com problemas estruturais vistos a olho nu logo na chegada ao local.
É o caso do Hospital Regional de Taguatinga, onde foram identificados medicamentos e insumos armazenados de forma inadequada, aparelhos de ar condicionado velhos e sem funcionar, rampa de acesso com o revestimento caindo e leitos sem as grades laterais.
No Hospital Regional de Samambaia, os registros apontam para armazenamento de insumos e material de almoxarifado nos corredores, tomógrafo com falhas constantes e interrupções de serviço e central de material esterilizável que não atende às normas da vigilância sanitária, além da falta de emergencistas, cirurgiões gerais e neonatologistas.