Economia

Família Bolsonaro versus pragmatismo econômico: Quem vence?

17 mar 2019, 10:31 - atualizado em 17 mar 2019, 10:37
A classe política está consciente da necessidade imperativa da reforma da previdência, diz a MCM

O comportamento “atabalhoado” da família Bolsonaro em declarações nas redes sociais e em entrevistas, apesar de ter elevado a incerteza sobre o risco de apoio para as inspirações da nova administração, não deve superar o pragmatismo econômico visto na equipe do presidente.

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Em um relatório de revisão para as projeções econômicas, a MCM Consultores considera que a classe política está consciente da necessidade imperativa da reforma da previdência.

“O caminho até a aprovação definitiva da proposta tende a ser acidentado e ruidoso e não se sabe ao certo qual será o conteúdo final da reforma da previdência. Mas mantemos a aposta de que os políticos entregarão, até o final deste ano, algo minimamente relevante”, pontua a análise.

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A consultoria manteve a aposta de que de que haverá aprovação da reforma da previdência, embora diluída e com certo atraso em relação ao esperado em nossa última atualização. O grau de desidratação esperado é de 40%.

A Selic, espera a consultoria, será mantida no patamar atual até março de 2020

“É razoável supor que o nível de incerteza também seguirá elevado ao longo do primeiro semestre de 2019, devido aos previsíveis altos e baixos da tramitação da reforma da previdência. Portanto, a retomada da demanda deverá demorar mais que o inicialmente imaginado”, explica a MCM.

Com isso, a projeção de crescimento para 2019 caiu e 2,8% para 2,3%. Já para 2020 ela foi elevada de 3,1% para 3,3%, convergindo para 3% a partir daí. A taxa média de desemprego cairá de 12,3% em 2018 para 9,5% em 2022.

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A projeção de inflação para 2019 caiu de 4,1% para 3,9%. Sobre o juro, a MCM entende que o processo de corte de juros, anteriormente previsto para ser encerrado a 3% em 2023, deve ir até 3,5%,de forma a evitar eventual sobrecarga sobre a política monetária, até que o quadro fiscal melhore de forma mais profunda. A Selic, espera a consultoria, será mantida no patamar atual até março de 2020.

O cenário prevê taxa de câmbio em R$/US$ 3,80 no final de 2019.

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