Ex-secretário de Energia dos EUA tem como foco extrair CO2 do ar
A batalha contra as mudanças climáticas concentrou-se até agora em reduzir as emissões de carbono na atmosfera.
O foco de Ernest Moniz está no carbono que já está circulando.
O ex-secretário de Energia do governo Barack Obama está pedindo um esforço da administração federal de 10 anos e US$ 10,7 bilhões para desenvolver técnicas para extrair dióxido de carbono do ar e retê-lo. O mundo, diz, não pode evitar o superaquecimento sem isso.
“Precisamos enfrentar a realidade de que cumprir o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius exigirá retirar carbono da atmosfera em grande escala”, disse Moniz em comunicado. “A boa notícia é que há um número surpreendentemente grande de caminhos promissores.”
A Energy Futures Initiative, uma organização sem fins lucrativos fundada por Moniz, divulgou um plano detalhado para a iniciativa na terça-feira, coincidindo com a Semana do Clima. O esforço reunirá 10 agências federais para financiar a pesquisa de um conjunto de ideias para remover o dióxido de carbono da atmosfera e usá-lo – em produtos como combustível ou cimento – ou armazená-lo no solo, plantas, sedimentos oceânicos e reservatórios subterrâneos.
Os autores do relatório reconhecem que algumas das ideias provavelmente enfrentariam oposição, inclusive aprimorando os genes das plantas para que absorvam mais CO2. Mas esse pode não ser o maior problema.
O projeto precisaria de um impulso firme e determinado da Casa Branca, observam, mas o presidente Donald Trump tem trabalhado para desfazer os programas sobre mudança climática que Obama e Moniz implementaram.