Embraer tem queda com governo sinalizando possível revisão em termos do acordo
Por Investing.com – O governo do presidente Jair Bolsonaro trouxe algumas incertezas em relação ao futuro da operação entre a Boeing e a Embraer (EMBR3), mesmo defendendo o negócio. O problema é que o mandatário não está satisfeito com alguns termos do acordo, fazendo com que a ação patine na bolsa. Nesta segunda-feira, os papéis recuam 0,83% a R$ 20,63, depois de ter caído 5,02%.
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Hoje, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno, afirmou que o governo não está pensando em interromper a negociação do acordo de aliança da Embraer com a Boeing.
Porém, ele afirmou que o governo está “estudando” os termos do acordo acertado no final do ano passado entre as empresas. Segundo Heleno, o governo, que detém direito de veto sobre questões estratégicas da Embraer, quer um acordo que seja “o melhor possível para o país”.
A Embraer aceitou vender 80 por cento de sua divisão de aviação comercial, a principal da empresa, para a formação de uma joint-venture com a Boeing, em um acordo anunciado em 17 de dezembro. Um dispositivo do acordo permite que a Embraer possa mais adiante vender os 20 por cento restantes à Boeing.
Questionado sobre a possibilidade de venda do restante da área, Heleno afirmou que “hoje mesmo foi colocada a necessidade de se estudar se essa forma é a ideal ou se vamos pleitear outro tipo de sugestão”, afirmou.
Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é favorável à aliança entre as empresas, mas que tinha preocupações sobre o futuro da companhia brasileira nos próximos anos. O comentário gerou um forte movimento de realização de lucro nas ações da fabricante nacional.