Economia

Eleições 2018: Cenário para o Brasil é binário e de risco, diz UBS

08 nov 2017, 8:59 - atualizado em 08 nov 2017, 8:59

Eleições

O Brasil oscila entre ciclos de populismo e de reformas, avalia o UBS em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (6) e obtido pelo Money Times. A grande questão para o banco, que é mais otimista do que o mercado para o crescimento em 2018, é se o ciclo atual de reformas irá sobreviver às eleições presidenciais.

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“Acreditamos que a resposta é sim, o esforço de reforma continuará, mas admitimos que o cenário é binário e arriscado. No nosso caso base, o processo eleitoral fornece um impulso positivo para o crescimento, gerando um aumento autônomo e exógeno na confiança dos empresários e consumidores”, explica o time de 11 economistas que assinam o documento.

O UBS estima o crescimento do PIB em 3,1% no ano que vem, enquanto o relatório Focus (consenso) aponta para um avanço de 2,5%.

Fragilidade

Esta visão, contudo, é vista como frágil e vários riscos podem minar as expectativas positivas com um nome populista avançando nas pesquisas. Um choque global que diminua a recuperação econômica também reduz a chance de um candidato amigável às reformas.

“No Brasil, uma economia com o fiscal desafiado, as condições financeiras, que implicitamente expressam visões de mercado sobre a sustentabilidade fiscal, são as determinantes-chave para a projeção de crescimento; países altamente endividados são mais sensíveis às mudanças no sentimento de mercado”, ressalta o UBS.

A “lógica” de 2018

Em resumo, o banco vê o país em um ciclo consistente e de recuperação cíclica sustentável em que as condições financeiras e os juros baixos são as principais variáveis. Esta percepção favorável, entretanto, depende da crença – que pode rapidamente mudar – sobre a sustentabilidade fiscal.

“Por sua vez, o panorama de crescimento influenciará os resultados das eleições do próximo ano e, ao mesmo tempo, as expectativas sobre os resultados das eleições devem afetar o sentimento dos empresários e dos consumidores e, portanto, o crescimento: a “lógica” aqui é circular e auto fortalecida – e não poderia ser de outra forma”, conclui o UBS.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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