Brasil

E depois da Previdência? Veja prognósticos do UBS para crescimento e política

11 jul 2019, 9:59 - atualizado em 11 jul 2019, 9:59
Mercado acionário e câmbio ainda abaixo da média histórica, diz UBS (Imagem: Pixabay)

Diante da iminente aprovação da reforma da Previdência pela Câmara nos próximos dias, o UBS publicou relatório nesta quinta-feira (11), no qual lista expectativas para a economia após a vitória da base aliada do governo na Câmara.

Os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos avaliam que a economia a ser gerada deve ficar em torno de R$ 900 bilhões nos próximos dez anos. “É a primeira mudança significativa na legislação no nível estrutural de gastos públicos desde que o Brasil iniciou com os déficits primários fiscais em 2014”, destaca o banco suíço.

Para o UBS, a forte liderança mostrada na Câmara na articulação política na angariação de votos para reforma é “algo novo e positivo na política brasileira”.

Risco de fadiga

Por outro lado, os economistas ressaltam uma possível fadiga do Congresso após qualquer pauta controversa. “Além disso, o segundo ano de um ciclo governamental, com as eleições municipais, geralmente reduz a produtividade do Congresso”, avalia o UBS, ponderando no entanto possível momentum para aprovação de outras reformas estruturais, como a tributária.

Em relação ao crescimento da economia brasileira, o UBS ressalta que, em duas ocasiões diferentes, o otimismo e as condições financeiras mais flexíveis não foram capazes de se traduzir em maior crescimento.

Foco no investimento privado

“No retrospecto, restrições estruturais e de oferta, com a falta de ‘crowding in’ (termo usado em economia para avaliar a indução do gasto privado em função do aumento do gasto público) de investimentos privados, explicam a falta de reação da economia”, diz o banco suíço.

Os economistas ponderam que a aprovação da reforma da Previdência, com prognósticos para ocorrência das demais reformas estruturais e afrouxamento monetário pelo Copom podem provocar ritmo mais acelerado de crescimento no País.

Por último, o UBS destaca as mínimas nos juros real e nominal do Brasil e destaca que o mercado acionário e o câmbio ainda encontram-se descontados, “muito longe dos melhores níveis”.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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