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Dona da Viena rejeita ser vendida para Sapore sem prêmio pelo negócio

21 fev 2018, 20:39 - atualizado em 21 fev 2018, 20:39

A IMC (MEAL3), dona dos restaurantes Viena e Frango Assado, rejeitou a proposta realizada pela Sapore, fornecedora de refeições para empresas, sobre uma combinação de negócios entre as duas empresas, mostra um comunicado enviado à CVM nesta quarta-feira (21).

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De acordo com a IMC, embora os termos da proposta possam ser considerados meritórios do ponto de vista estrutural, não é possível ao Conselho de Administração sobre ela manifestar-se, da maneira solicitada pelo proponente.

Isso porque a empresa avalia que, tratando-se de operação de incorporação e não tendo existido prévia discussão visando à celebração de um protocolo, “não é possível à administração avaliar a adequação dos termos – que não atribui qualquer prêmio – nem realizar a análise adequada das informações sobre a companhia de capital fechado que se pretende seja incorporada, cujas informações, por sua vez, são públicas e acompanhadas pelo mercado”.

Por fim, o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, José Agote, disse que a empresa pode analisar no futuro as informações que a proponente venha a fornecer sobre os negócios da Sapore, visando a uma potencial negociação entre as administrações.

A proposta

A operação consistiria em uma incorporação da Holding Sapore, dona da Sapore, pela IMC. Em troca, os acionistas da holding se tornariam detentores de, no mínimo, 50,47% do capital social da IMC.

A IMC realizaria um “pagamento extraordinário” aos seus acionistas de R$ 355,342 milhões (R$ 2,13 por ação) fruto de distribuição de dividendos e restituição de capital. Com isso, antes da incorporação, o valor patrimonial da IMC seria de R$ 1,13 bilhão, enquanto o da Sapore estaria em R$ 1,152 bilhão.

“A operação proposta poderá resultar em um upside superior a 40% para os acionistas atuais da IMC considerando o pagamento extraordinário e o incremento de valor gerado pelas sinergias”, segundo a Sapore. Eles estimam sinergias de R$ 130 milhões por ano em uma empresa combinada de receita líquida de mais de R$ 3,3 bilhões.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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