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Dívidas das companhias abertas atingem R$ 909 bi no 1º trimestre, diz Economatica

29 maio 2019, 9:53 - atualizado em 29 maio 2019, 9:53
O estudo destaca ainda que a dívida total líquida das empresas da amostra no primeiro trimestre de 2019 ficou em R$ 650,5 bilhões

Por Investing.com 

Nos três primeiros meses de 2019, o volume total das dívidas das empresas atingiu o total de R$ 909 bilhões, de acordo com levantamento da Economatica levando em consideração dados de 240 empresas não financeiras de capital aberto. Com isso, este é o maior valor já registrado desde 2010. A amostra também não leva em consideração os números da Petrobras (PETR4), para não distorcer o resultado final.

O levantamento aponta que no mês de dezembro de 2010, o endividamento das mesmas companhias era de R$ 421,6 bilhões, o que representa crescimento de R$ 487,4 bilhões ou 115,6% no primeiro trimestre de 2019.

O estudo destaca ainda que a dívida total líquida das empresas da amostra no primeiro trimestre de 2019 ficou em R$ 650,5 bilhões, valor este que ultrapassou o maior anteriormente registrado em dezembro de 2015 quando as empresas apresentaram R$ 609,7 bilhões.

Dos 23 setores da pesquisa, o de Petróleo e Gás, que conta com sete empresas, registrou R$ 447,5 bilhões de dívida bruta, o número fica praticamente por conta da Petrobras que em março de 2019 registrou R$ 413,0 bilhões de dívida bruta. Excluindo os números da estatal, o resultado é de R$ 34,5 bilhões de dívida.

O número fica praticamente por conta da Petrobras que em março de 2019 registrou R$ 413,0 bilhões de dívida bruta

O setor de Energia Elétrica também se encontra nesse grupo, sendo o segundo setor com maior estoque de dívida, em um total de R$ 234,5 bilhões.

Considerando apenas a dívida de curto prazo, a amostra registra R$ 159,4 bilhões, o maior valor foi no final de 2017 com R$ 221,0 bilhões. Outro aspecto é que o caixa das empresas teve queda de dezembro de 2018 para março de 2019, quando registram R$ 258,4 bilhões.

O setor com o maior volume de dívida de curto prazo em março de 2019 foi o de Energia Elétrica com R$ 42,01 bilhões, seguido pelo setor de Petróleo e gás com R$ 42,0 bilhões. Mineração foi o setor que registrou o maior crescimento percentual da sua dívida de curto prezo; entre dezembro de 2018 e março de 2019 o setor registra crescimento de 185,91%.

O setor com o maior volume de dívida de curto prazo em março de 2019 foi o de Energia Elétrica com R$ 42,01 bilhões (Imagem: Pixabay)

Já as empresas de Educação diminuíram a sua dívida de curto prazo no primeiro trimestre de 2019 com relação ao fechamento de 2018 registrando queda de -31,32%.

A Economatica consolida a dívida de todas as empresas de capital aberto brasileiras no período de 2000 a março de 2019. A amostra registra dados nos anos fechados de 2000 a 2018 e o primeiro trimestre de 2019.Para fazer parte da amostra a empresa precisa ter os dados disponíveis em todas as datas pesquisadas.

Os cálculos foram efetuados da seguinte maneira:

Dívida bruta = Total de empréstimos e financiamentos de CP + Total de empréstimos e financiamentos de LP

Dívida Líquida: = Dívida bruta – Caixa e equivalentes de caixa – Aplicações Financeiras

Dívida de CP: = Total de empréstimos e financiamentos de CP

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