Demanda para novos produtos da Cielo é incerta, avalia Bradesco BBI
A equipe de análise do Bradesco BBI ainda vê como incerta a demanda pelos novos produtos lançados pela Cielo (CIEL3) nesta terça-feira (18), mostra um relatório enviado a clientes. A reação inicial do mercado foi ruim. As ações amargaram uma queda de 2,33%, para R$ 13,86, em um dia com uma valorização de quase 2% do Ibovespa hoje.
A empresa lançou duas novas inovações. A primeira é o pagamento por meio de QR Code. As maquininhas poderão receber esses pagamentos já com seis parceiros: Bradesco, Banco do Brasil, Alelo, Livelo, Agibank e PicPay. A companhia também tem planos de criar APIs para novos parceiros.
A outra novidade é a facilidade 2 em 1 da Cielo LIO +. O gadget é um smartphone que, acoplado com uma maquininha, pode receber cartões. O dispositivo será vendido pelos canais tradicionais e por operadoras de telecomunicações (Tim e Claro, inicialmente) e irá custar 12 vezes de R$ 89,90.
“À primeira vista, parece positivo a Cielo continuar a sua busca por novas iniciativas para o mercado, apesar de ser difícil prever a relevância de tais iniciativas no momento”, argumentam os analistas Rafael Frade e José Cataldo.
Sobre o QR Code, o relatório avalia que o principal desafio poderá ser o de convencer os clientes a de que a experiência é mais fácil do que a pelo meio tradicional. Uma maneira de fazer isso acontecer poderá ser por meio da oferta de algum desconto. Caso dê certo, a alternativa irá criar uma vantagem competitiva.
Já a Cielo LIO + poderá encontrar uma resistência maior. “Será que o aparelho se tornaria o smartphone principal do cliente? Se sim, seria essa opção atrativa para os clientes? Ou seria um dispositivo adicional, assim como um aparelho corporativo que aceita cartões? Neste caso, não seria mais barato o cliente ter outro aparelho e uma maquininha?”, questionam Frade e Cataldo.
A recomendação continua neutra para as ações no curto-prazo.