Mercados

Decisão do MSCI pode retirar bilhões de dólares da bolsa brasileira

28 fev 2019, 20:24 - atualizado em 28 fev 2019, 21:23

A MSCI elevou o peso da China em seu índice de Emerging Markets nesta quinta-feira (28), mostra um comunicado enviado ao mercado. O benchmark é o mais acompanhado por investidores globais para a aplicação em mercados emergentes. Muitos fundos replicam esta posição, o que pode pressionar outros países do portfólio indicado. O peso das ações chinesas irá saltar de 5% para 20% em um processo que terá três etapas.

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De acordo com a empresa, a decisão segue uma ampla consulta global com um grande número de investidores institucionais internacionais, incluindo proprietários de ativos, gestores de ativos, corretores / distribuidores e outros participantes do mercado em todo o mundo.

Para Marink Martins, autor do MyVOL e da newsletter Global Pass da Inversa Publicações, que já antecipava este movimento, uma queda da participação atual do Brasil de 5,8% para 5,5% poderia se traduzir em US$ 4,8 bilhões. A fatia hoje corresponde a US$ 93 bilhões.

“O forte compromisso dos reguladores chineses de continuar a melhorar a acessibilidade do mercado, evidenciado, entre outras coisas, pela redução significativa nas suspensões comerciais nos últimos meses, é outro fator crítico que conquistou o apoio de investidores institucionais internacionais”, disse Remy Briand, diretor administrativo da MSCI e presidente da o Comitê de Políticas de Índice da MSCI.

O feedback obtido durante a consulta indicou que os investidores institucionais internacionais preferem ver o peso das ações China A Large Cap aumentar em três etapas, em vez de em duas etapas, conforme originalmente proposto, para aliviar a pressão potencial de execução nas datas de implementação.

Além disso, uma proporção significativa de investidores também destacou que as ações da China A Mid Cap devem ser incluídas nos Índices MSCI juntamente com o aumento de peso nas ações da Large Cap para permitir uma implementação mais suave.

Por fim, a proposta de adicionar o ChiNext à lista de segmentos de bolsa de valores elegíveis para os Índices MSCI Global Investable Market recebeu ampla aceitação.

Veja o comunicado:

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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