Opinião

Isaac Ferraz: O metabolismo das áreas urbanas

11 jul 2019, 17:11 - atualizado em 11 jul 2019, 18:00
Colunista fala sobre transporte e locomoção nas grandes cidades (Divulgação/Facebook da GRU Airport)

Por Isaac Ferraz, pesquisador de Mobilidade Urbana, Coach e Sociólogo – Siga no LinkedIn

Outro dia eu estava passando por um “singelo” entrelaçamento de vias, que é algo que vai muito além de um cruzamento, na cidade de São Paulo: Paulista X Consolação X Doutor Arnaldo X Rebouças. Para quem conhece, nunca se viu nada tão complexo de se pensar. Aquilo tudo projeta uma análise que faz com que vejamos o espaço urbano como um metabolismo: O Metabolismo das Áreas Urbanas.

Pensamos em um espaço da cidade, que projeta uma mobilidade entrelaçada entre quatro grandes avenidas permeadas por corredor de ônibus, carros, motos, bikes, 2 linhas de metrô, e tudo isso é repleto de diferentes pessoas – pedestres, motoristas, passageiros, habitantes, turistas – não importa a nomenclatura: são todos seres humanos. Com o aumento excessivo da população urbana, soluções criativas serão cada vez mais necessárias para sairmos da imobilidade urbana e chegamos a uma autêntica mobilidade urbana.

Transportes alternativos vêm se tornando cada vez mais bem aceitos aos olhos humanos que fazem uso deles, porém, há algumas questões que serão melhor discutidas no próximo artigo, principalmente no tocante aos transportes para se locomover em curtas distâncias. Há a necessidade de uma mobilização para soluções que sejam realmente eficazes, sabendo que não há solução única.

Já que estamos vendo a cidade, a mobilidade como um todo, como um metabolismo que nos entranha e que perpassa todos os elementos, as inovações tecnológicas vêm se despontando como uma alternativa ao desafogamento das cidades e projetar a sua fluidez, tanto humana quanto do capital.

Muito disso vem sendo apresentando com aplicativos que apresentam distintas soluções – alguns eficazes, outros, nem tanto ou quase nada. O que não pode ser perdida, é a necessidade de uma tecnologia que contemple a nossa esfera urbana metabólica.

A nossa coluna segue criando corpo e encontrando o seu caminho nas cidades. Pensar com um formato de metabolismo é projetar uma nova visão de elementos para organizar, de fato, um novo cenário para o atual contexto urbano e sem perdermos de vista que as cidades continuam a crescer, e esse crescimento não pode se dar com a desorganização que vem se dando, pelo contrário, que seja uma teia organizada e que contemple o humano e o trabalho.

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