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China acelera abertura do mercado para bancos de investimento

16 jan 2020, 11:45 - atualizado em 16 jan 2020, 11:45

 

As subsidiárias poderão realizar uma ampla gama de serviços de bancos de investimento e negociação de valores mobiliários no país governado pelo Partido Comunista (Imagem: Reuters/Amr Alfiky)

A China antecipou a abertura planejada de seu mercado de capitais de US$ 21 trilhões em oito meses, facilitando a entrada para bancos de investimento globais como o Goldman Sachs.

O banco de investimentos de Nova York e rivais, como JPMorgan Chase e Morgan Stanley, agora poderão se candidatar para abrir unidades com 100% do controle em abril, em comparação com o prazo anterior de dezembro.

As subsidiárias poderão realizar uma ampla gama de serviços de bancos de investimento e negociação de valores mobiliários no país governado pelo Partido Comunista.

A decisão foi incluída na assinatura do acordo comercial com os EUA, resolvendo parcialmente uma prolongada disputa que pesava sobre a segunda maior economia do mundo. A China já havia se comprometido com uma abertura mais ampla do mercado financeiro de US$ 45 trilhões, o que também inclui acesso aos mercados de gestão de ativos e seguros.

“A China eliminará os limites de capital estrangeiro e permitirá que provedores de serviço totalmente controlados por empresas dos EUA participem dos setores de valores mobiliários, gestão de fundos e futuros”, de acordo com o texto do acordo comercial de fase 1 divulgado na quarta-feira.

A China disse que não levará mais de 90 dias para considerar pedidos de provedores de serviços de pagamentos eletrônicos, que incluem American Express, Mastercard e Visa, para realizar transações no país.

O país eliminará restrições para permitir que empresas de seguros controladas por investidores dos EUA entrem em seus mercados e também abrirá o segmento de US$ 14 trilhões para agências de classificação de risco dos EUA.

Como medida recíproca, os EUA “considerarão rapidamente” os pedidos pendentes de empresas financeiras chinesas, como Citic Securities, China Reinsurance e China International Capital Corp. O governo dos EUA se compromete com o tratamento “não discriminatório” de provedores de pagamento, como a UnionPay, e empresas de classificação de risco chinesas.